Duas mulheres que são a favor do regime de Nicolás Maduro atacaram verbal e fisicamente o Bispo de Guarenas (Venezuela), Dom Gustavo García Naranjo, no dia 3 de maio, ao final da Missa pelo Dia da Santíssima Cruz de Pacairigua, porque o Prelado havia criticado em sua homilia a grave crise que afeta o país sul-americano.

A agressão foi denunciada pelo vereador de Guarenas, David Viana. Segundo informações de um jornal local, Viana disse que “as agressoras ‘bateram’ no Bispo García Naranjo e gritavam que seu discurso na homilia foi contra do governo chavista”.

Isto ocorreu quando saia da igreja e na presença dos fiéis, autoridades locais e a líder opositora Maria Corina Machado, que condenou este ataque em sua conta de twitter. “Repudiável a agressão contra Dom García ao sair da Missa em Guatire. Assim não somos os venezuelanos”, expressou.

 

Outras testemunhas, como o diácono permanente na Paróquia Santa Cruz de Pacairigüa, Wilmer Viloria, também condenaram este acontecimento. “É lamentável. A mulher insultou o Bispo com grosserias” e também bateu na filha de uma catequista “somente porque pediu respeito”.

“Rezemos para que este tipo de situações não se repita. Não podemos permitir que a intolerância continue. Somos livres de pensar diversamente. A igreja é a casa de todos, casa de encontro. Nenhum bando político pode sentir-se dono da igreja, de sua missão e visão”, assinalou.

Este ataque aconteceu poucos dias após a divulgação do comunicado dos bispos venezuelanos, no qual pedem que procurem uma solução frente a grave crise econômica que tem como consequência a escassez de alimentos e remédios, assim como o corte do serviço elétrico, inclusive dos dias de trabalho.

Esta situação motivou o Papa Francisco a enviar uma carta pessoal ao Presidente Nicolás Maduro, tal como confirmou há alguns dias o porta-voz vaticano, Pe. Federico Lombardi.

Confira também: