Cientistas da Northwestern University, em Chicago (Estados Unidos), conseguiram registrar recentemente os “fogos de artifício” com os quais a vida humana começa, no momento exato da fecundação.

O estudo intitulado “A faísca de zinco é uma matéria inorgânica da ativação do óvulo humano” (“The Zinco Spark is an Inorganic Signature of Human Egg Activation”) foi publicado em 26 de abril no Scientific Reports da revista Nature.

Segundo informações da universidade americana em um comunicado do dia 26 de abril, “uma impressionante explosão de fogos de artifício de zinco ocorre quando um óvulo humano é ativado por uma enzima do espermatozoide”.

“O tamanho destas ‘faíscas’ é uma medida direta da qualidade do óvulo e sua capacidade de desenvolver-se em um embrião”.

Teresa Woodruff, uma das principais autoras do estudo, e perita em biologia ovárica na Northwestern University, qualificou o resultado de seu estudo como “extraordinário” e recordou que “descobrimos a faísca de zinco há apenas cinco anos em experimentos com ratos, e ver o zinco irradiar em uma explosão de cada óvulo humano foi impressionante”.

 

Woodruff é também diretora do Centro para Ciência Reprodutiva da Northwestern University.

“Toda biologia começa no momento da fertilização, mas não conhecemos quase nada sobre os eventos que acontecem no humano. Este descobrimento precisou de uma associação única entre biólogos e químicos e dólares não federais para apoiar a investigação”, disse.

Os cientistas “ativaram” o óvulo injetando uma enzima dentro dele. Esta gera um aumento de cálcio dentro do óvulo e faz com que o zinco seja liberado.

A universidade pontuou que os óvulos utilizados para o estudo “não foram fertilizados com espermatozoides reais porque isto não está permitido na investigação humana, de acordo com a lei federal”.

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