O Senado da Itália aprovou o projeto da chamada lei Cirinnà, o qual reconhece as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. Depois de algumas semanas de intenso debate, esta medida foi aprovada.

O projeto de lei, impulsionado pela senadora Mónica Cirinná, foi aprovado na tarde desta quinta-feira, com 173 votos a favor e 71 em contra.

Entre as modificações que possibilitaram sua aprovação estão que finalmente não reconhecem o direito de adoção aos casais homossexuais e não inclui menção ao compromisso de manter-se fiéis, algo que foi mudado a fim de não confundir estas uniões com o matrimônio natural entre um homem e uma mulher.

O projeto foi rechaçado por alguns grupos políticos como ‘Forza Itália’ ou ‘Liga Norte’ e por muitas de associações pró-família e pró-vida.

Uma delas é o “Comitato Difendiamo i nostri figli” (Comitê Defendamos os nossos filhos) o qual reúne diversas instituições, como “Generazione Famiglia” e “Manif Pous Tous”.

Seu Porta-voz, Filippo Savarese, afirmou ao Grupo ACI que “o Presidente do Governo da Itália, Matteo Renzi, ganhou uma etapa muito complicada de forma autoritária. Atualmente o clima político é exasperado e de tensão”, valorou.

A respeito dos seguintes passos que esta lei deveria dar, Savarese assinala que “agora deve passar pela Câmara de Deputados, onde também de todas formas deveria passar, embora surjam outras polêmicas neste caminho”.

“O Presidente da República tem que assinar a lei e pensamos que não gosta desta tal e como está escrita, mas assinará”, explica o porta-voz. “A única esperança que temos é que desapareçam os equilíbrios políticos”, acrescenta.

“Depois devemos fazer uma campanha pelo referendo de outubro sobre as reformas constitucionais, porque Renzi disse que caso perca, irá para sua casa, ou seja, abandonará o cargo”.

Estas reformas do governo italiano preveem a eliminação do Senado como câmara legislativa e a mudança de lei eleitoral. A nova lei ainda está em processo de aprovação no Parlamento e necessitará de tal referendo.

No sábado, 30 de janeiro, milhares de pessoas fizeram uma manifestaram no “Circo Massimo” de Roma para defender a família ante a intenção que os políticos italianos tinham de conseguir a aprovação desta lei.

O Comitê “Defendamos os nossos filhos” junto a numerosas associações pró-família, movimentos e novas comunidades da Igreja foram os encarregados de organizar este evento no qual participaram milhões de pessoas.

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