O diabo “sempre está escondido à nossa porta” querendo entrar, advertiu o Papa Francisco antes de começar a Oração do Ângelus deste domingo, 3, na Praça de São Pedro, e ainda recordou aos fiéis o convite que a Igreja faz para acolher Cristo “como Senhor da nossa vida”. “Ele nos defende do mal, do diabo”, afirmou.

No segundo domingo depois do Natal, o Santo Padre explicou que a liturgia “apresenta o Prólogo do Evangelho de São João, no qual se proclamou que "o Verbo - ou a Palavra criadora de Deus - se fez carne e habitou entre nós".

“Essa Palavra, que habita no céu, na dimensão de Deus, veio ao mundo para que a escutássemos e pudéssemos conhecer e tocar com a mão o amor do Pai. O Verbo de Deus é seu próprio Filho unigênito, feito homem, cheio de amor e fidelidade, é o próprio Jesus”, afirmou.

“O Evangelista –explicou-, não esconde a dramaticidade da Encarnação do Filho de Deus, salientando que ao dom do amor de Deus se contrapõe a não aceitação dos homens. A Palavra era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Eles fecharam a porta ao Filho de Deus. É o mistério do mal que ameaça também as nossas vidas e que exige a nossa vigilância e atenção para que não prevaleça”.

Em seguida, Francisco recordou: “o Livro de Gênesis diz uma frase que nos faz entender isso: diz que o mal "jaz à porta". Ai de nós se o deixarmos entrar; seria ele que fecharia a nossa porta a qualquer pessoa. Em vez disso, somos chamados a abrir a porta do nosso coração à Palavra de Deus, a Jesus, para nos tornarmos seus filhos”.

“No Dia de Natal já foi proclamado este solene início do Evangelho de João; hoje nos é proposto mais uma vez. É o convite da Santa Mãe Igreja para acolher esta Palavra de salvação, este mistério de luz”.

“Se a acolhermos, se acolhermos Jesus –afirmou-, cresceremos no conhecimento e no amor do Senhor, aprenderemos a ser misericordiosos como Ele. Especialmente neste Ano Santo da Misericórdia, façamos com que o Evangelho se torne cada vez mais carne também em nossas vidas. Aproximar-se do Evangelho, medita-lo, encarna-lo na vida cotidiana é a melhor maneira de conhecer Jesus e levá-lo aos outros”.

Nesse sentido, recordou que a vocação e a alegria de todo batizado: mostrar e dar Jesus aos outros; mas para isso devemos conhece-lo e tê-lo dentro de nós, como Senhor de nossas vidas. E Ele nos protege do mal, do diabo, que está sempre agachado à nossa porta, em frente ao nosso coração e quer entrar”.

“Com uma atitude renovada de abandono filial, nos confiamos mais uma vez a Maria: a sua doce imagem de mãe de Jesus e mãe nossa, a contemplamos nestes dias no presépio”, concluiu o Papa Francisco antes de começar a rezar o Ângelus.

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