Aproximadamente 16 igrejas e santuários cristãos foram destruídos – ou estão sendo ocupados – por grupos jihadistas que protagonizam desde março de 2010 a sangrenta guerra na Síria. Até então, esta causou cerca de 300.000 mortes, quatro milhões de refugiados fora do país e oito milhões de deslocados dentro das fronteiras.

 

 

A informação foi divulgada pela Assyrian International News Agency (AINA), a qual recolhe dados sobre as atrocidades cometidas pelos grupos jihadistas, especialmente pelo Estado Islâmico (ISIS), o qual desde a metade do ano 2014, autoproclamou um califado nas zonas ocupadas no Iraque e na Síria.

Vários destes templos estavam localizados nas aldeias cristãs do Vale de Khabour, atacadas pelo ISIS em fevereiro deste ano.

“Os ataques contra os cristãos na Síria, começaram logo após do início da guerra civil no país. Os objetivos foram as casas de campo, as igrejas, os monastérios e o clero. Isto foi perpetrado pela Al-Qaeda, pela Frente Al-Nusra, pelo ISIS e outros grupos muçulmanos”, assinalou AINA.

Do mesmo modo, a agência vaticana Fides indicou que vários destes lugares de culto custodiavam a memória comum das comunidades cristãs locais, como em Deir el-Zor com a igreja em honra aos mártires do genocídio armênio, destruída pelo ISIS em setembro de 2014.

Os terroristas muçulmanos também tiveram como objetivos as relíquias de Santos conservadas nas igrejas, como ocorreu em agosto, no monastério de Mar Elián.

Este antigo santuário do século V, localizado perto de Quaryatayn, durante os últimos anos estava afiliado ao do Deir Mar Musa al-Habashi, o monastério fundado pelo Pe. Paolo Dall'Oglio, sacerdote italiano sequestrado em 29 de julho de 2013, quando estava ema Raqqa, atual capital do califado.

O prior de Mar Elián, Pe. Jacques Murad, também foi prisioneiro pelos jihadistas no dia 21 de maio e libertado em 11 de outubro de 2015.