Na manhã de hoje iniciaram os julgamentos sobre os chamados Vatileaks, contra os cinco acusados de roubo de documentos privados no Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano.

São cinco os acusados, todos presentes na Sala: sacerdote Lucio Vallejo Balda, Francesca Immacolata Chaoqui, Nicola Maio, e os jornalistas e autores dos livros editados com os documentos roubados: Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi.

A audiência começou hoje às 10:30 e terminou às 11:45 com uma citação para o interrogatório dos imputados, o qual começará no dia 30 de novembro.

Depois da leitura dos cargos e o pedido de parte do advogado de Vallejo Balda para ter mais tempo para estudar a documentação, houve uma declaração de Emiliano Fittipaldi, que afirmou não ter suficiente informação para defender-se e alegou que na Itália a publicação de notícias não é um delito.

Seu advogado se pronunciou de modo semelhante com um pedido formal a fim de conseguir maiores especificações sobre as acusações. O Promotor de Justiça do Tribunal explicou que não é uma acusação devido a publicação de notícias, mas pela pressão exercida para obter os documentos privados.

Logo depois de 40 minutos de reunião do conselho em um ambiente próximo, o Tribunal comunicou que o tempo para a defesa tinha sido suficiente, considerando que os interrogatórios começam no dia 30 de novembro e que, no caso do pedido de Fittipaldi, os motivos da acusação contra ele foram explicados de maneira breve, mas suficiente.

Durante a espera no Tribunal, os dois jornalistas italianos se aproximaram a fim de falar com o público, especialmente com outros homens e mulheres de imprensa.

Os interrogatórios começarão na segunda-feira, 30 de novembro, às 9:30. Os primeiros serão Vallejo Balda e Francesca Chaouqui.