O Center for Medical Progress (CMP, Centro para o Progresso Médico) difundiu ontem mais um vídeo sobre o tráfico de órgãos realizados pela Planned Parenthood de bebês abortados em suas instalações. Nesta nova reportagem, a diretora de uma das mais ricas e maiores clínicas abortistas do mundo oferece aos supostos compradores de “cadáveres fetais intactos”.

O Partido Democrata do presidente Barack Obama, fortemente financiado pela Planned Parenthood, bloqueou na última segunda-feira no Senado um projeto de lei para tirar o financiamento de 528 milhões de dólares em recursos públicos que a multinacional abortista recebe por ano.

No quinto vídeo, Melissa Farrell, Diretora de Investigação da Planned Parenthood Gulf Coast, destacou ante os investigadores do CMP – que atuaram como supostos compradores – as capacidades de seus empregados para obter os órgãos que desejam seus clientes, pois “nossa organização fez diversas investigações durante muitos, muitos anos”.

Se os clientes necessitarem de uma parte específica de um bebê abortado “colocamos isso no nosso contrato e no nosso protocolo, que vamos seguir isto assim que nos desviamos de nosso padrão para fazê-lo”.

“Anteriormente, alguns de nossos médicos realizaram projetos e estão recolhendo espécimes (órgãos e tecidos), deste modo, praticam o aborto de uma maneira que possam obter os melhores espécimes, por isso sei que isso pode acontecer”, explicou.

Entretanto, destacou que mudar seus procedimentos de aborto terá um custo adicional para seu comprador.

“Se alterarmos nosso processo, e somos capazes de obter cadáveres fetais intactos, podemos fazê-lo como parte do orçamento de qualquer análise e dividir os espécimes em diferentes envios", indicou.

Para Farrell, “tudo é questão de acrescentar no pedido”.

A Diretora de Investigação da Planned Parenthood, Gulf Coast, destacou as importantes contribuições econômicas do seu departamento a esta organização.

“Acho que todos percebem, especialmente porque meu departamento contribui tanto no resultado final da nossa organização aqui. Sabe que somos uma das maiores afiliadas (da Planned Parenthood), nosso Departamento de Investigação é o maior dos Estados Unidos. Inclusive é maior do que as outras filiadas combinadas”.

No final do vídeo, que contém imagens que podem ferir a sensibilidade dos leitores, Farrell oferece aos investigadores ocultos do CMP acesso aos corpos de bebês abortados no transcurso desse dia.

Uma empregada retira de um congelador os restos de um gêmeo abortado com 20 semanas (5 meses de gravidez), enquanto outra garante que “os órgãos saem muito, muito bem”.

“Pode ver todos os intestinos, quase todos intactos”, explicou enquanto assinalava os órgãos em uma bandeja de vidro, na qual também é possível ver os braços e inclusive os olhos do bebê.

“Querem ver algo mais? ”, perguntou a funcionária da Planned Parenthood aos supostos compradores, no final do vídeo.

David Daleiden, diretor da investigação do CMP sobre a Planned Parenthood, indicou por meio de um comunicado à imprensa que “agora este é o quinto membro da Planned Parenthood falando sobre pagamentos por partes de bebês abortados, sem nenhuma conexão com verdadeiros custos da chamada ‘doação’ de tecidos”.

“O complô de todo o sistema da Planned Parenthood para fugir da lei e ganhar dinheiro através de tecido fetal abortado agora é inegável”, assegurou David.

Para o diretor Daleiden, “qualquer pessoa que veja estes vídeos saberá que a Planned Parenthood está comprometida em práticas selvagens e abusos contra os direitos humanos que devem acabar”.

“Não existe nenhuma razão para que uma organização que use métodos de aborto ilegais para vender partes de bebês e que comete tais atrocidades contra a humanidade receba mais de 500 milhões de dólares a cada ano dos contribuintes”, concluiu David Daleiden.