Um grupo de famílias cristãs que ficou três meses no exílio puderam retornar a Tel Tamar, um dos vilarejos localizados às margens do rio Khabur (nordeste da Síria) e participaram de uma Missa, depois que os bombardeios da coalizão liderada pelos Estados Unidos e o avanço de curdos e assírios obrigaram o Estado Islâmico (ISIS) a abandonar esta região.

“Em fevereiro desde ano o ISIS iniciou seu avanço sobre os 35 vilarejos cristãos e sequestrou cerca de 230 cristãos. As famílias que conseguiram fugir se refugiaram em Hassakeh”, segundo informação concedida à Rádio Vaticano pela Agência Ara News.

Segundo informações da Agência vaticana Fides, ”os militares curdos e assírios conseguiram entrar nos vilarejos abandonados pelos jihadistas e encontraram as Igrejas devastadas, arrancaram as cruzes e saquearam as casas. Também pintaram as paredes dos templos com frases anticristãs”.

Por sua parte, Ara News indicou: “As famílias que voltaram para Tel Tamar, restituíram o sino da igreja assíria e seu toque serviu de sinal para celebrar a primeira Missa depois do exílio forçado. Entretanto, continua a incerteza em relação aos 230 cristãos sequestrados pelo ISIS, pois desde o mês de maio não obtiveram notícia deles.

Há alguns dias, a Igreja assíria e a Agência AINA News (Assyrian International News Agency) informou: “O ISIS exigiu 100.000 dólares por cada refém, isto é, em total 23 milhões de dólares”.

Entretanto, não conseguiram essa quantidade de dinheiro e os jihadistas anunciaram que já não negociariam e que estes cristãos serão julgados de acordo com a ‘Lei islâmica ou Sharia’, segundo a qual os sequestrados seriam condenados à morte ou vendidos como escravos.