A Nigéria anunciou nesta terça-feira que 200 meninas e 93 mulheres sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram foram libertadas após três acampamentos deste grupo na floresta de Sambisa terem sido desmantelados pelas forças do Governo; entretanto, as autoridades afirmaram que não se tratam das menores raptadas há um ano em Chibok em um episódio que gerou uma intensa campanha nas redes sociais com a hashtag #bringbackourgirls.

O porta-voz do ministério de defesa Chris Olukolade, disse em uma mensagem de texto que o exército nigeriano “capturou e destruiu nesta tarde três acampamentos de terroristas na floresta de Sambisa e resgatou 200 meninas e 93 mulheres”. Entretanto ele descartou que entre elas estejam as escolares sequestradas em 2013. O militar também indicou que não sabem quanto demoraria em identificar as meninas e mulheres resgatadas.

No dia 14 de abril de 2014 o grupo terrorista Boko Haram sequestrou 276 menores de uma escola secundária em Chibok. Poucas horas depois, 57 menores conseguiram escapar. Algumas semanas após o sequestro, o líder terrorista Abubakar Shekau afirmou que as adolescentes foram obrigadas a converter-se ao Islã e forçadas a casar-se com jihadistas.

Boko Haram, grupo terrorista que jurou lealdade ao Estado Islâmico (ISIS), atacou nos últimos anos a zona norte da Nigéria e estenderam a sua influência a Camarões, Nigéria e Chade com o objetivo de instaurar um califado (unidade de governo islâmica).

Em novembro de 2014, o Pe. Gideon Obasogie, da diocese de Maiduguri, no estado de Borno, onde as meninas foram sequestradas, denunciou que mais de cem mil católicos foram obrigados a fugir das zonas controladas por este grupo terrorista, tendo que procurar refúgio nas cavernas das montanhas e em Yola, capital do estado de Adamawa.                      

Em janeiro de 2015 ocorreu o pior ataque deste movimento islamista ao ingressar em 16 locais da cidade nigeriana de Baga, incendiando moradias e assassinando cerca de duas mil pessoas.