O Papa Francisco afirmou nesta quarta-feira que se une à oração dos ucranianos para que chegue logo “a paz duradoura” a esta nação do Leste Europeu, onde a comunidade internacional trata de aplicar a trégua acordada em 13 de fevereiro entre Kiev e os separatistas pró-russos.

Após a Audiência Geral, o Santo Padre saudou os bispos da Ucrânia que iniciaram na segunda-feira, 16, a visita ad limina, assim como os fiéis presentes na Praça de São Pedro.

“Dirijo esta saudação também aos peregrinos das dioceses que lhes acompanham. Irmãos e irmãs, sei que entre as tantas outras intenções que levais às Tumbas dos Apóstolos, há o pedido de paz na Ucrânia. Levo de coração o mesmo desejo e me uno à vossa oração, para que o mais rápido venha a paz duradoura na vossa pátria. Deus vos abençoe”, expressou.

O acordo obtido em Minsk (Bielorrússia), pelos presidentes Vladimir Putin (Rússia), François Hollande (França), Petro Poroshenko (Ucrânia) e a chanceler Ángela Merkel (Alemanha), estabeleceu uma trégua que entrou em vigor em 15 de fevereiro e que estabelece, entre outros pontos, a retirada de tropas e armamento pesado das zonas de combate nas cidades separatistas de Donetsk e Lugansk.

Apesar disso, os combates continuaram especialmente na região de Debáltsevo devido a sua importância estratégica, já que é o ponto de união entre as duas cidades e o caminho para Moscou.

Entretanto, para esta quarta-feira, o presidente Poroshenko anunciou que já se iniciou a retirada de 80 por cento das tropas instaladas em Debáltsevo.

Esta é a terceira trégua acordada entre Ucrânia e os separatistas pró-russos. A primeira ocorreu em setembro e outra em 9 de dezembro de 2014, mas nenhuma foi respeitada. Até o momento, o conflito ocasionou cerca de 5.600 mortes.