Líderes cristãos e hindus denunciaram a falta de representação no comitê formado pelo Primeiro-ministro, Nawaz Sharif, para executar o Plano de ação nacional contra o terrorismo, apesar de estas duas minorias serem alvos constantes dos grupos terroristas.

A agência vaticana Fides informou que os líderes de ambas as minorias religiosas fizeram esta denuncia depois da primeira reunião do Comitê que ocorreu em Islamabad. “Os ataques contra minorias, conversões forçadas e atentados a lugares de culto são perigosas ameaças à segurança interna”, advertiram em uma nota enviada à Fides.

O Comitê está presidido por Sharif e formado por vários ministros e líderes políticos com o objetivo de executar o Plano de Ação cujo lema é “tolerância zero contra o terrorismo”. O Primeiro-Ministro entregou ao Procurador-Geral a missão de manter contatos com os líderes políticos para definir eventuais modificações legislativas e constitucionais necessárias para a aplicação do plano. “O Paquistão não sobreviverá se o terrorismo não for desarraigado”, disse Sharif.

O país está respondendo deste modo ao massacre realizado pelos talibãs paquistaneses em Peshawar numa escola militar que deixou 148 mortos, em sua maioria crianças. Outra medida adotada foi a reintrodução da pena de morte para os terroristas na prisão: são cerca de 500 execuções anunciadas depois do massacre de Peshawar. As execuções foram suspensas porque Islamabad, mesmo sem jamais abolir formalmente a pena de morte do Código Penal, tinha adotado uma moratória a partir de 2008.