O Arcebispo de Valladolid e presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Dom Ricardo Blázquez, acolheu com "satisfação" a aproximação diplomática entre os EUA e Cuba, uma notícia com a qual acredita que se cumpre o desejo do Papa João Paulo II. “Cuba se abre ao mundo e o mundo se abre a Cuba”, comentou em declarações à Europa Press.

Dom Blázquez comentou desta forma o anúncio do presidente dos EUA, Barack Obama, de restabelecer as relações com Cuba e tirar este país da lista de nações terroristas depois que Havana libertou o norte-americano Alan Gross. Neste sentido, ressaltou a importância do papel mediador desempenhado pelo Vaticano.

O presidente da Conferência Episcopal Espanhola aplaudiu esta decisão depois de reconhecer que só se inteirou das notícias pelos jornais da última hora da tarde desta quarta-feira. "Fico muito satisfeito. Vejo nas relações que se anunciam o cumprimento do desejo daquelas palavras de João Paulo II: que Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba", disse relembrando a viagem do Papa a Havana em 1998.

Por outro lado, Dom Blázquez não quis comentar sobre a prisão por associação ilícita e abusos do líder da Ordem e Mandato de São Miguel Arcanjo, conhecida como os 'miguelianos', porque, conforme explicou, só tem a informação dos meios de comunicação.

Dom Blázquez presidiu a apresentação do primeiro volume das 'Obras completas de Joseph Ratzinger' (editora Biblioteca de Autores Cristãos, BAC) em um ato, celebrado no Salão do Colégio Maior São Paulo de Madri, no qual o Papa emérito foi qualificado como “o Mozart da teologia”.

O presidente da Conferência Episcopal destacou o trabalho como teólogo de Ratzinger, recordando a relação que Bento XVI teve com Santo Agostinho desde que escreveu a sua tese de doutorado, ponto de partida da reflexão a fundo sobre a sua obra e significado para a Igreja.