O Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, divulgou um comunicado no qual explica os últimos acontecimentos vinculados ao caso do ex-núncio apostólico na República Dominicana, Josef Wesolowski, acusado de abusos sexuais e preso em setembro por estes casos.

A declaração do porta-voz do Vaticano se refere à reunião entre o Promotor de Justiça do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, Gian Piero Milano e o Procurador Geral da República Dominicana, Francisco Domínguez Brito, a pedido deste último e aproveitando uma viagem à Europa para reuniões na Polônia e no Vaticano.

Segundo o comunicado, “foi útil para ambos, dada a complexidade da investigação e da eventualidade de um pedido internacional por parte do Vaticano para adquirir mais informação”.

Em relação ao caso, o Pe. Lombardi explicou que a Magistratura do Estado da Cidade do Vaticano, seguindo com o processo, realizou um primeiro interrogatório ao imputado e se espera que ainda tenham outros.

Wesolowski está em prisão domiciliar, direito que lhe foi concedido devido ao seu estado de saúde, mas “deve permanecer dentro do Estado” e “com limites na comunicação com o exterior”.

O ex-núncio foi afastado de seu cargo em 21 de agosto de 2013 e foi condenado no mês de junho deste ano em primeira instância em um processo canônico no qual foi expulso do estado clerical.

A expulsão do estado clerical é a pena mais alta que um sacerdote pode receber, segundo a normativa do Direito Canônico. O acusado foi núncio em Santo Domingo de janeiro de 2008 a 2013.

A reunião dos representantes do Vaticano com os oficiais da República Dominicana confirma a política de “tolerância zero” que a Igreja segue diante dos casos de abusos sexuais em todo mundo.