Na habitual coletiva de imprensa que concedeu logo depois de concluir uma viagem internacional durante o vôo de retorno, esta vez desde Istambul (Turquia) o Papa Francisco falou brevemente sobre o Sínodo da Família que celebrado de 5 a 19 de outubro no Vaticano.

Provavelmente um dos temas que mais titulares gerou entre a imprensa mundial durante a realização do Sínodo dos Bispos foi a publicação da chamada “Relatio post disceptationem” (A Relação depois da discussão), que resumia o estado da discussão da primeira semana de debates.

Entre outras coisas que foram dias em diversos meios de comunicação, afirmava-se por exemplo que o Papa Francisco –e com ele toda a Igreja–abria as portas aos matrimônios homossexuais.

O que de fato aconteceu é que o texto foi duramente criticado pelos próprios bispos que se reuniram logo nos chamados “círculos menores” em três idiomas distintos, nos qual rechaçaram além disso os muitos problemas de tradução que se verificaram em relação a este documento.

Logo depois dos debates finais nos círculos menores, os Bispos realizaram a redação do documento chamado “Relatio Synodi” que recolhe o que foi dito pelos prelados no final das discussões e que servirá de base para o Sínodo da Família de 2015.

Sobre este tema, o Papa Francisco disse que “o Sínodo é um percurso, é um caminho. Não é um Parlamento; é um espaço protegido para que se possa falar sobre o Espírito Santo. Tampouco com a relação final termina o percurso. Por isso não se pode ter uma opinião (vinda) de uma pessoa ou de um rascunho”.

O Papa disse logo: “não estou de acordo (é minha opinião) que se diga publicamente: ‘Este disse tal coisa’, mas que se publique, como aconteceu, somente o que foi dito: o Sínodo não é um Parlamento. É preciso proteção para que possa falar o Espírito Santo”.