O Instituto Nacional de Estatística da Espanha (INE) publicou nesta semana um relatório: 'Projeção da população da Espanha 2014-2064' onde se prevê que no próximo ano, na Espanha, haverá mais falecimentos que nascimentos.

A Fundação REDMADRE, depois de sete anos ajudando as mulheres mais vulneráveis em sua gravidez e maternidade, atribui a queda da natalidade e a queda do número de mulheres em idade fértil, -que é uma consequência da outra e vice-versa- à falta de apoio à maternidade em comparação com os mais de 60 milhões de euros que o Estado destina a financiar os abortos na Espanha.

A Fundação REDMADRE considera estas projeções lançadas pelo INE como dramáticas, delas se conclui que em 15 anos na Espanha haverá menos dois milhões de mulheres em idade fértil (de 15 a 49 anos) e, em 50 anos, 4,3 milhões a menos.

Além disso, entre 2014 e 2028 nasceriam em torno de 5,1 milhões de crianças, 24,8 por cento a menos que nos 15 anos anteriores. Em 2029 a cifra anual de nascimentos cairia para 298.202, 27,1 por cento a menos que atualmente. A projeção realizada pelo INE contempla que a fecundidade das mulheres mantenha uma ligeira tendência à queda. Desta forma, o número médio de filhos por mulher seria de 1,24 em 2029 e de 1,22 ao final do período projetado. Atualmente este número é de 1,27.

“Se existissem medidas concretas e eficazes de apoio à maternidade, diz a Fundação REDMADRE, tal como se comprometeu no seu programa eleitoral o atual Governo do Partido Popular (PP), muitas mulheres optariam por dar à luz a seus filhos e por ficarem grávidas, evitando a situação atual que as leva a tomar decisões dramáticas, como o aborto e o atraso da maternidade a idades nas quais a gestação se converte em gravidez de risco”, assinalou Amaya Azcona, diretora geral da Fundação REDMADRE.

Diante deste panorama, a Fundação, reclama mais uma vez ao Governo da Espanha uma Lei de apoio à maternidade, com medidas concretas e eficazes, que façam diminuir o número de abortos na Espanha, já que “se continuar a tendência atual de mais de cem mil abortos por ano, segundo dados do Ministério de Saúde, em 15 anos serão abortadas um milhão e meio de pessoas no nosso país”, concluiu Azcona