O Papa Francisco poderia visitar a Turquia de 29 a 30 de novembro deste ano, fortalecendo os laços com o Patriarca Ecumênico da Igreja Ortodoxa, Bartolomeu I, e avançando no seu compromisso mútuo com o ecumenismo, a paz e a ecologia.

A possível viagem papal à Turquia foi examinada por Nikos Tzoitis, um perito em diálogo ecumênico, que serviu como porta-voz do Patriarca Bartolomeu, com quem é muito próximo.

Em diálogo com o Grupo ACI em 5 de setembro, Tzoitis assinalou que “o Patriarca Bartolomeu e o Papa Francisco se reuniram com frequência e falaram sobre a oportunidade de uma visita papal. O Papa iria, só há um último obstáculo a superar”.

Esse “obstáculo” é a falta de um convite oficial do governo turco.

De acordo ao jornal italiano La Repubblica, não foi feito o convite formal porque o novo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, assumiu o cargo recentemente, no dia 28 de agosto.

“Erdogan assinará o convite nos primeiros dias da próxima semana, e será enviado ao Vaticano”, publicou La Repubblica.

A visita do Papa Francisco à Turquia poderia fortalecer mais as relações entre o Patriarcado Ecumênico e a Santa Sé.

Desde que o Papa Francisco foi eleito, o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla levou adiante seu compromisso com o diálogo ecumênico.

Bartolomeu I esteve presente na Missa Inaugural do pontificado do Papa Francisco, em 19 de março de 2013. Ele foi o primeiro Patriarca Ecumênico a participar de um evento como este.

O Papa Francisco e Bartolomeu I se reuniram várias vezes. Emitiram uma declaração conjunta durante a viagem do Santo Padre à Jordânia e Israel. Trabalharam juntos também para realizar a Invocação pela Paz no Oriente Médio, celebrada nos Jardins do Vaticano, em 8 de junho.

Enquanto isso, Bartolomeu I esteve comprometido em organizar um sínodo pan-ortodoxo, na tentativa de transcender as divisões entre as Igrejas ortodoxas, e avançar para uma unidade interna que favoreça o diálogo com Roma.

As relações entre o Patriarca Ortodoxo Ecumênico e o Papa foram tão próximas, de fato, que houve conversações sobre a possibilidade de que possam publicar uma carta encíclica conjunta sobre o tema da ecologia humana.

Além de emitir seus próprios documentos separados, Tzoitis disse que “o Patriarcado e a Igreja de Roma concordaram em esboçar conjuntamente todos os documentos de preocupação comum”, incluindo aqueles sobre ecologia.