Durante o encontro que o Papa Francisco teve com milhares de jovens no Santuário de Solmoe, fez um chamado a rezarem pela unidade da Coréia do Norte e Coréia do Sul, pois –afirmou-, trata-se de uma só família que está dividida, “são irmãos”.

O Santo Padre fez este chamado no momento de refletir sobre os testemunhos dos jovens asiáticos, entre os quais estava Marina, uma jovem coreana.

Marina, disse o Papa, “fez uma pergunta dolorosa. E lhe agradeço. A divisão entre os irmãos das duas Coréias. Há apenas uma Coréia, mas está dividida. Como ajudar a que esta família se una? Duas coisas. Primeiro um conselho e depois uma esperança”.

Francisco, que deixou de lado o discurso oficial para responder a esta pergunta, assinalou que se deve “rezar pelos nossos irmãos do Norte, ‘Senhor, somos uma família, ajude-nos à unidade, Tu podes fazê-lo’. Que não haja vencedores nem vencidos, somente uma família, que somente fiquem irmãos. Convido-vos a orardes em silencio pela unidade das duas Coréias”.

Depois de um breve momento, o Pontífice assegurou que “há muitas esperanças”, pois “a Coréia é uma. É uma família. Vós falais a mesma língua, a língua da família, sois irmãos. Quando os irmãos de José foram ao Egito para comprar comida porque tinham fome, tinham dinheiro, foram lá para comprar comida, e encontraram um irmão. Por que? Porque José se deu conta de que falavam a mesma língua”.

“Penseis nos seus irmãos do Norte. Eles falam a mesma língua, e quando se fala a mesma língua, há também uma esperança humana”, afirmou Francisco.

Entre 1950 e 1953 ocorreu uma guerra entre a Coréia do Sul e a Coréia do Norte. Embora tenha cessado o fogo, nunca se assinou a paz, por isso cada certo tempo há tensões entre ambos os lados da fronteira.