O diretor da organização pro-vida mexicana ConParticipación, Marcial Padilla, indicou que o caso de Karla López Albert, assassinada por seu companheiro após negar-se a submeter-se a um aborto, jamais deve repetir-se e servir de exemplo para construir uma sociedade que valorize e defenda a mulher grávida contra abusos.

Segundo informou a imprensa mexicana, Karla López, de 31 anos, começou uma relação com Manuel Forcelledo Nader em junho de 2013. Em outubro desse ano, informou a Manuel que tinha ficado grávida e este pediu que Karla abortasse.

Em duas ocasiões Forcelledo levou Karla a clínicas para que se submeta a um aborto (recordando que no Distrito Federal o aborto é legal até a 12ª semana de gravidez), mas ela se negou. O homem chegou dar 20 mil pesos (cerca de mil e quinhentos dólares) para que se submeta ao procedimento de forma clandestina, mas Karla persistiu em negar-se.

Por negar a abortar o filho que levava no ventre, no dia 30 de janeiro deste ano, Karla López Albert foi assassinada por três criminosos contratados por Forcelledo pela quantia de 500 dólares, no estado mexicano de Puebla.

Seu corpo permaneceu desaparecido até que as autoridades da capital mexicana a encontraram no dia 3 de fevereiro.

Em declarações ao grupo ACI, Marcial Padilla disse que “casos como o de Karla nos levam a refletir sobre o drama e o heroísmo de milhões de mães que defendem sua vida e a de seus filhos apesar de ameaças e violência”.

“Nesta tragédia vemos que Karla perdeu sua vida por defender a de seu bebê. Um caso assim jamais deve se repetir”.

Padilla assinalou que “é preciso construir uma sociedade onde todos, homens e mulheres, demos valor à maternidade, apoiemos as mães em período de gestação para que elas, em vez de temer por suas vidas, sejam acolhidas e apoiadas”.