Hoje 5 de março, Quarta-feira de Cinzas e início da Quaresma, foi publicada uma entrevista ao Papa Francisco, concedida ao jornal italiano Corriere della Sera que aparecerá também no jornal argentino La Nación, um dos mais importantes deste país. Nestas o Papa aborda uma diversidade de assuntos pessoais e temas referentes à vida da Igreja hoje no marco do primeiro aniversário do seu pontificado no próximo dia 13.

Entre eles estão sua proximidade às pessoas, o papel de Bento XVI na Igreja, sua opinião sobre o marxismo – uma ideologia que “nunca compartilhei” – a pobreza e a globalização. Além destes foram tratados os temas da família e do trabalho da Igreja contra os abusos sexuais.

Depois das acusações que o consideravam “marxista”, aparecidas logo após a publicação da exortação apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho), uma das afirmações que chamaram a atenção na entrevista é a que se refere à distância que o Pontífice sempre tomou da ideologia marxista e o fato de que alguns o apresentem como uma espécie de "estrela".

A respeito, o Santo Padre disse que “pintar o Papa como se fosse uma espécie de Superman, uma espécie de estrela, resulta-me ofensivo. O Papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos como todos. É uma pessoa normal”.

O Papa também se refere à importância da família e ao que disse o Cardeal Walter Kasper no Consistório dos cardeais realizado no fim de fevereiro no Vaticano, no qual, entre outros temas, abordou-se o dos divorciados em nova união.

O Santo Padre fala também sobre os abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero e afirma que “a Igreja Católica é talvez a única instituição pública que se moveu com transparência e responsabilidade. Nenhum outro fez tanto. E, entretanto, a Igreja é a única a ser atacada”.