Faltando apenas três meses para a canonização do Beato João Paulo II que se realizará no dia 27 de abril em Roma, desconhecidos roubaram, no Santuário de São Pedro de Ienca, da Diocese de L’Áquila (Itália), uma das quatro ampolas no mundo que contêm o sangue do Pontífice polonês.

O furto ocorreu na madrugada do sábado passado, 25 de janeiro. Os ladrões entraram sem forçar a porta da sacristia, romperam o cristal de uma janela e cortaram os barrotes que protegem o relicário. Junto à ampola também levaram um crucifixo do altar.

Em declarações ao Grupo ACI, o presidente da Associação Cultural do Santuário de João Paulo II em São Pedro da Ienca, Pasquale Corriere, explicou que “se trata de um roubo muito grave a nível mundial, um sacrilégio que afeta a todos os católicos no mundo e não apenas aos habitantes deste pequeno povo”.

“Não temos nenhuma ideia de quem poderá ter feito isso, pensamos que pode ser um roubo por comissão porque se os ladrões estivessem procurando dinheiro, teriam quebrado também as caixas da esmola”, acrescentou.

A polícia está investigando os fatos, mas até agora não há resultados. Segundo Montagna TV, alguns assinalam que existiria “a possibilidade de que os ladrões tivessem se livrado do objeto sagrado”, mas no momento não há nada confirmado.

A relíquia de João Paulo II tinha sido doada pelo secretário pessoal do Pontífice por mais de 40 anos, o agora Cardeal Estanislao Dziwisz, com motivo da fundação do santuário em 2011, o primeiro santuário na Europa dedicado ao Papa peregrino depois de sua beatificação em 1º de maio desse mesmo ano.

O sangue da ampola tinha sido extraído do Pontífice nos últimos dias de sua vida para coloca-lo a disposição do Centro de Transfusões do Hospital Bambino Gesù, onde ainda se conserva uma das quatro que em total se extraíram.