O Papa Francisco recebeu ontem em audiência um grupo de Bispos da Conferência Episcopal dos Países Baixos em visita "ad limina". O Santo Padre explicou no encontro como acompanhar as pessoas que sofrem o vazio espiritual e procuram o sentido da vida. "Colocando-se em escuta, -disse- para partilhar com eles a esperança, a alegria, a capacidade de seguir adiante que Jesus Cristo nos dá".

Na sociedade dos Países Baixos, "fortemente marcada pela secularização", o Papa convidou os prelados a "estar presente no debate público, em todas as áreas em que está em causa o? homem, para tornar visível a misericórdia de Deus, e sua ternura por todas as criaturas".

"Como afirmei frequentemente, a partir da experiência autêntica do ministério episcopal , a Igreja não se expande por proselitismo, mas por atração. Ela? é enviada por todo o mundo para acordar, despertar, manter a esperança! Daí a importância de incentivar aos seus fiéis a acolherem as ocasiões de diálogo, tornando-se presentes nos lugares onde se decide o futuro, levando assim uma contribuição aos debates sobre as grandes questões sociais relativas, por exemplo, a família, o matrimônio, o fim da vida.", disse.

"Em um país rico, sob diversos aspectos, a pobreza afeta um número cada vez maior de pessoas. Valorizem a generosidade dos fiéis para trazer luz e compaixão de Cristo nos? lugares em que se espera, em particular, para as pessoas mais marginalizadas! Além disso, a escola católica, proporcionando aos jovens uma sólida educação, continuará a favorecer a formação humana e espiritual, num espírito de diálogo e de fraternidade com aqueles que não compartilham? sua fé".

Depois de reafirmar a importância de "avançar pelo caminho do ecumenismo" o Santo Padre recordou aos bispos que o futuro e a vitalidade da Igreja nos Países Baixos dependem também das vocações sacerdotais e religiosas, fazendo insistência em que é "imprescindível" que estejam perto de seu presbitério, escutando-os e guiando-os se o necessitam.

"Não se esqueçam também de ir ao encontro daqueles que não se aproximam, pois alguns deles, infelizmente, não cumprem bem os seus compromissos".

"De um modo muito particular -concluiu- desejo exprimir? a minha compaixão e garantir-vos a minha oração por cada vítima de abusos sexuais e às suas famílias. Peço-vos para continuar a apoiá-los no doloroso caminho de cura, realizado com coragem".