O Arcebispo de Nairóbi (Quênia), Cardeal John Njue, visitou os feridos que por quatro dias foram reféns de um grupo extremista islâmico de Shabaabun que cercaram as instalações de um dos principais shoppings da cidade e onde morreram mais de 68 pessoas.

Durante a sua visita, o Cardeal expressou que "a vida é sagrada e ninguém tem o direito de tirá-la. Temos que respeitar a sacralidade da vida seja qual for a religião de pertença".

No dia 21 de setembro, ao redor de 10 homens armados entraram no lugar como represália pela presença das tropas militares do Quênia na Somália.

As operações de resgate foram muito complexas, conforme descreveu o jornal "The Nation", já que as forças especiais tiveram que "hackear" informaticamente o sistema de segurança de câmeras que estava sob controle dos terroristas.

Por algumas horas as forças da ordem não puderam nem ingressar no local porque no terceiro andar havia um franco-atirador, que parecia ser o líder do grupo, que depois, em uma distração foi atingido por um disparo de um franco-atirador do exército queniano.

As pessoas foram resgatadas por grupos conforme se ia tomando controle de cada andar do edifício. Foi divulgado também que muitos corpos parcialmente destruídos ainda se encontram no local e se estão desativando os artefatos explosivos deixados pelos extremistas.

Conforme informou a Agência CISA, o Conselho Supremo dos Muçulmanos do Quênia (Supkem), na voz do seu Secretário Geral, Adan Wachu, assinalou que "condenamos com os termos mais enérgicos o ataque aos quenianos pacíficos e aos hóspedes internacionais que moram e trabalham no Quênia".

Destacou também que esta "matança indiscriminada de homens, mulheres e crianças inocentes, vai contra todos os ensinamentos e preceitos islâmicos".

Uma das reféns sobreviventes ao assalto assinalou que os terroristas perguntavam às pessoas "se eram cristãos ou muçulmanos e os matavam", e assegurou também que "só sei que no segundo andar mataram um montão de gente".