A Secretária Geral de Profissionais pela Ética (PPE), Teresa García-Noblejas, criticou as investigações com células mães embrionárias, pois "não obtêm resultados terapêuticos e implicam a destruição de embriões humanos".

Depois de difundir a notícia de uma suposta clonagem de células mãe embrionárias, por parte de um grupo de cientistas da Universidade de Oregon (Estados Unidos), García-Noblejas assinalou que se as células mãe com supostos fins terapêuticos "se obtêm mediante clonagem humana, estamos ante uma grave vulneração da dignidade do ser humano, que em nenhum caso deve ser produzido em um laboratório nem muito menos utilizado".

Em um comunicado difundido em 16 de maio por Profissionais pela Ética se indicou que "independentemente da maneira de obtê-las, a realidade é que depois de mais de uma década investigando com células mãe embrionárias estas não obtiveram nenhum resultado terapêutico".

"Pelo contrário, as células mãe adultas e as células iPS (células mãe pluripotentes induzidas) têm tido constantemente êxitos terapêuticos. Por esse motivo, no mundo só há 24 ensaios clínicos com células mãe embrionárias frente a 4.099 com células mãe adultas".

PPE advertiu também que "independentemente do seu fim, a clonagem ou transferência nuclear aplicada a seres humanos está expressamente proibida pelo Protocolo Adicional ao Convênio Europeu sobre os Direitos Humanos e a Biomedicina, vigente e aplicável na Espanha".

"Concretamente, se proíbe toda intervenção que tenha por finalidade criar um ser humano geneticamente idêntico a outro ser humano vivo ou morto", assinalou a organização.

A Secretária Geral do PPE assegurou que "não tem nenhum sentido apostar por células mãe embrionárias. Não são rentáveis do ponto de vista eficiente, não obtêm resultados terapêuticos e implicam a destruição de embriões humanos convertidos em cobaias de laboratório para satisfazer a vaidade de alguns cientistas e obter recursos públicos de financiamento".