A Associação Enraizados, uma voz católica na vida pública, começou uma campanha através do da sua página Web ‘

www.enraizados.org ’ para pedir ao Papa Francisco que presida em Tarragona (Espanha), no próximo dia 13 de outubro, a beatificação dos mais de 500 mártires da perseguição religiosa do século XX.

A eleição do lugar, conforme explicou a Conferência Episcopal Espanhola se deve a que a sede escolhida conta "com uma grande historia de fé cristã e martirial, pois os protomártires hispanos são o bispo de Tarragona, Fructuoso, e seus dois diáconos Augúrio e Eulogio". Além disso, nesta ocasião, 147 mártires dos que serão beatificados são de Tarragona, entre eles o que foi Bispo Auxiliar da Diocese, Dom Manuel Borrás e 66 sacerdotes diocesanos.

"A cifra é impressionante. Podemos ter uma ideia se pensamos que esta cifra supõe o 98% do clero que atualmente presta seus serviços nas Paróquias da Diocese de Tarragona: foi um autêntico extermínio do clero", aponta o presidente de Enraizados, José Castro Velarde.

Neste sentido, na carta que a Associação enviará ao Papa Francisco, indica-se que esta beatificação confirmará os católicos "na disposição ao martírio que todo seguidor de Cristo deve ter" e permitirá "solidarizar-se com os irmãos que atualmente sofrem qualquer tipo de perseguição ou discriminação por causa de sua fé em Cristo em qualquer parte do mundo".

No momento, tanto o Príncipe Felipe como o presidente do Governo, Mariano Rajoy convidaram Francisco para visitar a Espanha. Também o Arcebispo de Tarragona, Dom Jaime Pujol, quando viajou a Roma para participar da Missa de início do Pontificado, entregou ao Papa uma carta convidando-lhe a presidir a cerimônia de beatificação.

Em matéria de beatificações, o Papa Francisco já assinou o Decreto de Beatificação de 58 novos mártires espanhóis. Trata-se do Bispo de Jaén, Dom Manuel Basulto Jiménez, e cinco companheiros; José Máximo Moro Briz e quatro companheiros sacerdotes da Diocese de Ávila; Joaquín Jovaní Marín e 14 companheiros da Sociedade de Sacerdotes Operários Diocesanos; e o sacerdote capuchinho Andrés de Palazuelo junto com 31 companheiros.