Um ônibus solidário vai ajudar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a deixar o legado social que deseja. O Projeto Passaporte da Cidadania tem o objetivo de atender crianças e adolescentes que precisam de ajuda, principalmente em relação à dependência química. Jovens que são considerados em “situação de risco” terão a oportunidade de ser resgatados através de educação, integração e amor e outros projetos que buscarão ser o legado social da JMJ para o Rio de Janeiro e para o mundo.

O lançamento do projeto será nesta terça-feira, dia 02, às 19h30, na Praça Serzedelo Correia, em frente à Paróquia Nossa Senhora de Copacabana. Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local da Jornada, vai dar a bênção ao veículo. Também estarão presentes os parceiros do projeto e conselheiros da Pastoral do Menor da Arquidiocese.

A meta do projeto é, ao longo de dois anos, atender 200 crianças e adolescentes pobres que vivem ou perambulam nas ruas, dando atenção especial para os casos relativos ao uso de drogas, principalmente o crack.

O ônibus itinerante começará o trabalho de resgate pelo bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A expectativa de permanência no bairro é de 30 dias, mas ainda não há tempo determinado. A organização vai avaliar de acordo com a necessidade dos jovens de cada região.

A equipe multidisciplinar responsável pelo trabalho é composta por cinco profissionais. O ônibus é dividido em três espaços: para filmes, jogos e leitura/acesso à internet; este último com dez computadores. Do lado de fora haverá uma tenda para debate sobre assuntos relacionados à vida dos jovens.

 “A Jornada Mundial da Juventude quer deixar um legado social, na questão da dependência química, nós estamos elaborando uma ação em rede para desenvolver uma ação complementar e eficaz. O ônibus entra como ferramenta pedagógica que seria a porta de entrada, em perspectiva do tratamento desses menores”, explica Regina Leão, assistente social e uma das organizadoras do projeto.

Os parceiros são Secretaria Municipal da Ciência e Tecnologia, Mútua dos Magistrados, Loterj, Rio Inclui, Wilson Sons e entidades da Igreja, como Instituição São Martinho e Instituto AMAR.
As entidades serão responsáveis por buscar os menores nas ruas e trazer para o ônibus, pois já fazem esse trabalho nas instituições de caridade.