Posto que a Assembleia Nacional Francesa vem discutindo a aprovação do projeto de lei que pretende autorizar estudos com células embrionárias estaminais, o Arcebispo de Paris, Cardeal Vingt-Trois, enfatizou que "as investigações com embriões humanos seria um erro grave".

O também Presidente da Conferência Episcopal Francesa, durante sua participação semanal na Rádio Notre Dame da França, assinalou que é um grave risco dar "livre caminho a tudo o que se refere à investigação com embriões, com isto se está considerando que o embrião não é nada, é uma matéria de laboratório", conforme informou a Agência SIR.

Está previsto para o dia 2 de abril que a Assembleia emita o voto pelo Senado, e não é a primeira vez que os franceses expressaram seu sentir neste tema. Por sua parte o Arcebispo deixou claro que "a condição humana do embrião se vê gravemente comprometida" se esta lei chega a ser aprovada.

Durante sua participação no programa, o Cardeal foi muito claro em sustentar a posição da Igreja frente a este tema, e assinalou que a gravidade destas investigações é "deixar campo livre a que se queira experimentar qualquer coisa" com os embriões.

Fazendo referência aos dois prêmios Nobel de Medicina e Filosofia no ano 2012, o japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gourdon respectivamente, que descobriram que as células especializadas adultas podem ser reprogramadas, o Cardeal afirmou que "não há justificativa científica que esclareça" em relação à necessidade de autorizar a investigação do embrião humano.

Estes dois cientistas graças à reprogramação das células humanas, criaram novas oportunidades para estudar enfermidades e para desenvolver métodos de diagnóstico e terapia.

A Igreja na França sempre apresentou uma dura batalha contra todo projeto de lei que pretende manipular e/ou destruir embriões humanos.