O porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, assinalou em conferência de imprensa que a eleição do Papa Francisco, o até agora Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, é um chamado ao serviço e à rejeição do poder.

O porta-voz da Santa Sé recordou que o novo Papa "é jesuíta e os jesuítas se caracterizam pelo serviço à Igreja colocando ao serviço todos os carismas que o Senhor nos dá, lá onde se precisa, mas tentando evitar os cargos de poder".

O Padre Lombardi, ele também sacerdote jesuíta, ressaltou logo que "para mim esta eleição assume o significado de um chamado ao serviço, um chamado forte e não uma busca de poder ou de autoridade. Estou convencido absolutamente de que temos um Papa que quer servir. Sua eleição foi a eleição de um rechaço do poder".

"Estou muito contente de que tenha sido eleito um latino-americano. Sabemos as esperanças que tinha nesse continente onde vive a maior parte dos católicos", precisou.

Sobre o nome que escolheu, o Padre Lombardi disse que "a eleição do nome Francisco é muito significativa. É um nome que nunca tinha sido escolhido antes e evoca simplicidade, testemunho evangélico. Ambas as coisas as testemunha sua primeira e simples aparição em público".

"É um sinal de grande espiritualidade pedir a bênção do povo para ele, antes de dar a sua; uma espiritualidade que recorda a de seu predecessor".

"Terá que notar, além disso, seu sentido pastoral de relação com a diocese de Roma, que é a diocese do Papa e a escolha de rezar as orações mais simples da Igreja em um momento como este com o Povo de Deus", remarcou.