A Corte Suprema do Paquistão absolveu ontem Rimsha Masih, uma jovem menor de idade cristã com deficiência mental, do delito de blasfêmia do qual tinha havia sido falsamente acusada por um líder religioso muçulmano.

Conforme informou a agência Fides, o Presidente da Corte Suprema, Iftikhar Muhmmad Chaudhary, confirmou a absolvição que tinha emitido anteriormente a Alta Corte de Islamabad fechando o caso.

A defesa de Rimsha expressou sua satisfação e indicou que se trata de "uma vitória para a justiça no Paquistão, que dá esperança para o futuro".

Entretanto, o assessor da Cáritas Paquistão, Pe. Bonnie Mendes, advertiu que "a lei sobre a blasfêmia segue vigente e sem modificações, apesar dos abusos bem documentados".

O sacerdote disse que embora no Parlamento alguns trataram modificar a lei, esta conta com um "apoio cego de alguns zelosos líderes muçulmanos".

No Paquistão há outros 36 casos de condenados por blasfêmia, dezesseis dos quais esperam ser executados e o resto condenados à cadeia perpétua. Muitos outros seguem esperando sentença ou apelaram da primeira condenação. Neste último grupo está a mãe católica Asia Bibi, acusada por duas colegas de trabalho de proferir ofensas contra Maomé.