O Vaticano decidiu expulsar Roy Bourgeois da ordem dos Padres Maryknoll assim como do estado clerical, devido à sua persistente desobediência e constante apoio à ordenação sacerdotal de mulheres nos Estados Unidos.

A decisão de 4 de outubro da Congregação para a Doutrina da Fé o libera de suas promessas sacerdotais e de seus votos como religioso na congregação à qual pertencia.

No dia 8 de agosto de 2008, o ex-sacerdote Bourgeois pronunciou uma homilia em uma "ordenação sacerdotal" feminina. Sua participação neste evento rendeu-lhe a excomunhão imediata.

"Com paciência, a Santa Sé e a Sociedade Maryknoll alentaram a sua reconciliação com a Igreja Católica", assinala um comunicado dos Maryknoll com data de 19 de novembro.

"Em vez disso o Sr. Bourgeois optou por continuar sua campanha contra os ensinamentos da Igreja Católica em ambientes seculares e não católicos. Ele o fez fez sem permissão dos bispos dos Estados Unidos e ignorando a sensibilidade dos fiéis em todo o país".

O texto assinala ademais que "a desobediência e a predicação contra a doutrina da Igreja Católica sobre a ordenação de mulheres levou à sua excomunhão, afastamento e expulsão do estado clerical".

Em julho de 2011 o exsacerdote foi advertido que seria expulso dos Maryknoll a não ser que depusera sua "atitude desafiante" contra a Igreja Católica em relação à ordenação de mulheres.

Em 8 de agosto, Bourgeois respondeu em uma carta assinalando que o ensinamento católico sobre a ordenação só de homens "desafia a fé e a razão" e "está enraizada no sexismo". "Não me retratarei", assinalava.

Logo depois desse intercâmbio de cartas, seu caso passou à Congregação para a Doutrina da Fé, que agora decidiu expulsar Bourgeois do estado clerical.

"O Sr. Bourgeois livremente optou por suas perspectivas e ações e todos os membros da Sociedade Maryknoll estamos entristecidos por não ter chegado à reconciliação", indica o comunicado da congregação religiosa dos Padres Maryknoll.