A Cáritas Jerusalém alertou sobre "as sérias dificuldades" que vem enfrentando atualmente para operar em Gaza devido ao aumento da violência na região, onde desenvolve um projeto de assistência médica, que inclui uma clínica ambulante e um centro de saúde. No dia 22 de novembro foi anunciada por vários meios de imprensa uma trégua no conflito no qual faleceram 5 israelenses, 162 palestinos (incluindo 37 crianças) e mais de 700 feridos.

Entre outros projetos a Cáritas Jerusalém também desenvolve diversos programas de apoio a enfermos crônicos e de acompanhamento psicossocial para crianças com próteses, feridas em anteriores conflitos, e suas mães.

A clínica móvel pôde manter sua atividade durante os primeiros dias do conflito entre forças do Hamas e das forças armadas israelenses, mas teve que cessar sua atividade devido à "deterioração da segurança na região".

Nas mesmas circunstâncias, encontra-se o centro de saúde, que se viu obrigado a reduzir seus serviços devido aos bombardeios e ao "grave risco" para os membros da equipe médica. Por exemplo, a casa de um de seus integrantes foi bombardeada dias atrás apenas alguns instantes depois do médico ter saído dela.

Neste contexto, dois dos coordenadores da Cáritas na região, junto com outro em Jerusalém, estão avaliando dia a dia as necessidades da população e se mantêm em contato com os hospitais.

De fato, a organização está tentando adquirir "por todos os meios" material médico para apoiar a atividade das equipes que atuam em Gaza e assim atender as vítimas.

Além destes fornecimentos, "as maiores demanda atuais" são água potável, fraldas e leite materno, assim como protetores de plástico para as janelas durante as explosões.

Recuperar a plena atividade "assim que seja possível"

Do mesmo modo, a organização mostrou sua confiança em poder reatar totalmente a atividade de seus programas "logo que seja possível".

Uma vez que a situação se normalize, será iniciada uma operação de distribuição de água e mantimentos aos danificados, junto de um programa de entrega de estojos de primeiro socorros de emergência a 180 agentes comunitários da Cáritas, que participaram de um programa de formação em primeiros auxílios para casos de emergência, fruto de um convênio com a Cáritas Espanhola e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECID).

Para tudo isso, conforme assinalou Cáritas, é "indispensável" o fim das hostilidades na Franja e a reabertura da fronteira.

Até que isto aconteça, nas palavras do Bispo auxiliar de Jerusalém, Dom William Shomali, só resta "rezar e condenar ao mesmo tempo a violência, porque não será esta que trará uma solução ao conflito palestino-israelense".