Os cristãos ortodoxos coptos do Egito escolheram aos três candidatos dentre os quais escolherão um para ser o novo líder, depois da morte em março de Shenouda III, nas eleições do dia 4 de novembro.

Em concreto, trata-se de dois bispos e um monge, cujos nomes serão introduzidos em uma urna transparente da qual uma criança com os olhos vendados extrairá ao que se converterá no 118 na lista de líderes da Igreja copta. Esta eleição se conhece como "loteria do altar".

Conforme informou nesta terça-feira o jornal egípcio Al Ahram, os três candidatos são o bispo Rafael, bispo auxiliar de Cairo central e Heliopolis e antigo ajudante do falecido Shenouda III; o padre Rafael Ava Mina, monge do mosteiro de Santa Mina em Alexandria; e o bispo Tawadros, bispo auxiliar de Beheira e auxiliar do arcebispo Pachomios.

Por outra parte, o Patriarcado Ortodoxo Copto em Israel publicou nesta terça-feira um comunicado no qual explica que os religiosos que tinham que participar da eleição do novo líder "estão muito ocupados com suas responsabilidades na Terra Santa" e, por isso não puderam ir pessoalmente para votar, autorizando assim a outros que o façam no Egito.

"Não há nenhuma outra razão que os impeça de participar da eleição pessoalmente", precisou o Patriarcado, depois que o jornal egípcio 'Al Masry al Youm' informasse nesta segunda-feira que o Governo de Israel tinha impedido a cinco sacerdotes ortodoxos da diocese de Jerusalém de viajar ao Cairo para participar da votação.

O jornal, que citava fontes eclesiais coptas, tinha indicado que dos doze membros da diocese de Jerusalém que tinham direito a votar nas eleições, unicamente sete deles tinham conseguido chegar à capital egípcia para exercer este direito.