Berta Soler, líder das Damas de Branco, denunciou que o Governo comunista "está preparando-se para reprimir-nos de forma mais forte do que já está fazendo até agora", com motivo do primeiro aniversário da morte de Laura Pollán, fundadora deste grupo dissidente.

Em declarações recolhidas no domingo por Martí Notícias, Soler disse que as Damas de Branco vão lembrar, neste 14 de outubro, o primeiro ano da morte de Pollán, mas ante isto o Governo de Raúl Castro fortaleceu sua maquinaria repressiva, com muita violência contra os ativistas dos direitos humanos.

"As Damas de Branco somos um movimento nacional (…) Somos mulheres pacíficas que advogamos pela liberdade dos detentos políticos, pela liberdade do povo de Cuba e pelo respeito dos direitos humanos", afirmou.

As declarações de Berta foram feitas depois de que no dia 24 de setembro as Damas de Branco denunciassem uma agressão por parte de agentes de Segurança do Estado quando tentavam sair do seu local em Havana para participar da Missa em honra a Nossa Senhora das Mercedes.

Este agrupamento nasceu em 2003 como resposta à detenção de 75 opositores e que foi conhecido como a Primavera Negra. Seus integrantes são esposas e familiares de detentos e ex- presos políticos em Cuba.