A empresa NWG deu de presente ao Papa Bento XVI um automóvel que funciona somente com energia elétrica para agradecer sua constante preocupação pela defesa da criação.

Depois de reunir-se com o Papa, os fundadores da empresa, Francesco D’antini e Antonio Rainone, apresentaram o automóvel em uma cerimônia junto ao diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi entre. O automóvel foi abençoado e pediu-se a São Cristóvão, o padroeiro dos condutores, para que sempre conduzido com responsabilidade.

O modelo NWG Zero exibe a placa do Estado da Cidade do Vaticano SCV00173. Conta com um motor de alimentação elétrica cujas baterias podem ser conectadas a qualquer tipo de tomada. O custo de recarga é de 2.5 dólares.

Em entrevista com o grupo ACI em Roma, o Pe. Lombardi explicou que "todos os fiéis devem respeitar a criação como um grande dom de Deus, como o ambiente no que vivem e que devem deixar em herança às próximas gerações para que todos possam gozar de seus frutos e viver em serenidade junto às outras criaturas do Senhor, devemos ser os responsáveis por administrar um grande tesouro que nos deu".

O Santo Padre "convida todos, não só aos crentes, a terem esta relação positiva com a criação e também a ver o homem como a criatura mais importante da criação, e portanto a não separar o cuidado do ambiente do cuidado do homem e da sua natureza, como modo de viver segundo o desígnio de Deus, quer dizer, o homem inserido no desígnio de Deus em seu conjunto; esta é a visão do Papa, um grande respeito por tudo o que Deus fez, suas leis e seus fins".

Finalmente, o porta-voz do Vaticano assinalou que esta não é a primeira iniciativa privilegiando o meio ambiente que a Santa Sé promove, "o Vaticano naturalmente deve desenvolver toda sua atividade de um modo coerente no que diz respeito à criação, agora estão se desenvolvendo certas estruturas para a economia da energia, com as energias renováveis, e portanto há várias iniciativas neste sentido".  

O Vaticano conta desde ano 2008 com uma instalação no teto da Sala Paulo VI de 2.400 módulos que convertem a energia solar em eletricidade.

Bento XVI em numerosas ocasiões chamou os países desenvolvidos a coexistirem de maneira ética com a natureza por ser um dom de Deus, e convida a "cooperar responsavelmente pelo futuro do planeta para que não sejam as populações mais pobres as que tenham que pagar o maior preço pela mudança climática".