Com mais de 7 mil voluntários nas 11 dioceses de Cuba, a Igreja Católica neste país serve a milhares de idosos que constituem quase 20 por cento de uma população que cresce cada vez menos.

Robyn Fieser a diretora do Catholic Relief Service (CRS) para a América Latina e o Caribe. A CRS faz parte da rede internacional da Cáritas que atua em diversos países.

Em um artigo escrito para a agência catholicnewsagency, do grupo ACI, enquanto está em Cuba pela visita do Papa Bento XVI, Fieser explica que os milhares de voluntários servem os anciãos como uma prioridade há mais de 20 anos.

A Cáritas Cubana apóia 400 grupos que administram refeitórios populares, às vezes nas casas dos voluntários se é que não há instalações da Igreja, além de proporcionar aos idosos o serviço de lavagem de roupa.

"Ajudá-los a cobrir suas necessidades básicas é uma das coisas que fazemos mas também buscamos criar espaços para que eles possam compartilhar com outras pessoas os mesmos interesses", conta a diretora da Cáritas Cubana, Maritza Sánchez. "Queremos envolvê-los, e assim mudar seu estilo de vida para que descubram seu potencial", acrescenta.

Fieser esteve no refeitório da paróquia San Agustín onde conversou com Juana Martínez, de 87 anos. Ela comentou que almoça nesse lugar três vezes por semana há 12 anos e que recebe ajuda para cobrir seus gastos que não é capaz de fazê-lo com a pensão de 8 dólares que recebe após 30 anos de trabalho.

"A luta é o que faz a vida formosa", afirma a idosa.  Para a mulher que dirige ali o refeitório, Mercedes Hernández Valdez, de 68 anos e que enviuvou recentemente, a família da Igreja também é muito importante.

A filha da Mercedes deixou Cuba faz mais de 25 anos. Ela pôde vê-la em 2010 pela primeira vez depois de 19 anos. Durante estes dias ela passa muito tempo na Igreja de San Agustín.

Mercedes explica que conhece todos os que comem ali por seu nome, seus endereços e como terminaram indo ali e o que cada um está necessitando.

Mercedes os atende e quando pode lhes dá de presente sapatos, sabão (que já não se entrega nas bolsas do estado) ou às vezes um lençol.