Ao presidir este meio-dia (hora local) a oração do Ângelus na Solenidade de Todos os Santos, o Papa Bento XVI assinalou que esta Festa constitui uma ocasião de ânimo para que todos os católicos sejam Santos como Deus é santo.

Em sua saudação em espanhol, o Papa disse que a liturgia de hoje "convida-nos a contemplar o amor infinito de Deus, que se reflete na vitória dos que já gozam de sua glória no céu".

"É o amor do Pai que nos chama a sermos filhos dele, entrega o seu próprio Filho para nos redimir com seu sangue purificador. Por isso nos proclama benditos mesmo quando sofremos tribulação, porque nele está nossa esperança".

"Respondamos –alentou o Papa– com generosidade e coerência a esse dom, que foi derramado em nossos corações, sendo santos como Deus é Santo, para que também em nós se manifeste sua glória".

Em sua reflexão em italiano, Bento XVI disse que a Festa de hoje "nos recorda que a santidade é a vocação originária de cada batizado. Cristo, de fato, que com o Pai e com o Espírito é o todo Santo, amou a Igreja como sua esposa e se deu a si mesmo por ela, a fim de santificá-la".

"Por esta razão todos os membros do Povo de Deus estão chamados a serem santos, segundo a afirmação do apóstolo Paulo: ‘A vontade de Deus é que sejam Santos’. Portanto, estamos convidados a olhar a Igreja não em seu aspecto temporário e humano, marcado pela fragilidade, mas sim como Cristo a quis, isto é ‘comunhão dos Santos’".

Depois de recordar que todos os estados de vida permitem chegar à santidade, o Papa recordou a celebração, amanhã 2 de novembro, da festa de todos os Fiéis Defuntos, que "nos ajuda a recordar os nossos seres queridos que nos deixaram e a todas as almas em caminho para a plenitude da vida, propriamente no horizonte da Igreja celeste, a que a Solenidade de hoje nos elevou".

O Papa Bento XVI ressaltou que a oração pelos mortos é "não só útil mas também necessária, assim que ela não só pode ajudá-los, mas também ao mesmo tempo faz eficaz sua intercessão em nosso favor".

O Papa fez votos para "que o pranto, devido ao desprendimento terreno, não prevaleça por isso sobre a certeza da ressurreição, sobre a esperança de alcançar a bem-aventurança da eternidade, ‘momento repleto de satisfação, no qual a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade’".

"O objeto de nossa esperança de fato é gozar da presença de Deus na eternidade. Jesus o prometeu a seus discípulos: ‘Eu os verei de novo e vosso coração se alegrará e nenhum poderá tirar-vos este gozo’".

Finalmente o Santo Padre sublinhou que "à Virgem, Rainha de Todos os Santos, confiamos nossa peregrinação para a pátria celeste, enquanto invocamos para os irmãos e as irmãs defuntos sua materna intercessão".