Milhões de espanhóis se mobilizam este fim de semana em mais de 70 cidades, convocados por 48 organizações cívicas, para gritar "Sim à vida" e não ao aborto, no marco do Dia Internacional da Vida que em Madrid congregou uma multitudinária manifestação.

A plataforma cidadã HazteOir (HO) assinala que "são famílias inteiras, desde avós até os recém-nascidos, para simbolizar esse clamor cívico que dirigem a seus representantes políticos, exigindo um firme compromisso com a defesa do primeiro direito humano, a vida, desde seu início na gestação até a morte natural, ao que se enfrenta abertamente o aborto e a eutanásia que tratam de impor-se a nossa sociedade".

A manifestação de Madri começou ao meio dia (hora local), quando o presidente do HO, Ignacio Arsuaga, destacou a exemplar resposta dos jovens ante as ameaças do aborto e da eutanásia: "é maravilhoso constatar como nossos jovens tomam consciência e se comprometem com a vida", ressaltou.

Em um ambiente de festa com milhares de balões brancos e azuis, bandeirinhas, cantos e lemas a favor da vida, a multidão escutou também as palavras de Gádor Joya, porta-voz da plataforma Direito a Viver (DAV), quem assinalou que esta manifestação procura "demonstrar a unidade cívica em defesa desta causa justa, a da dignidade humana; as leis podem ser aprovadas, mas as leis injustas são derrogadas".

"Temos a perseverança, a imaginação e a alegria necessárias para atrair cada vez mais concidadãos. Os políticos devem escolher. Ou estão com a sociedade ou estão contra ela. Ou com a vida ou contra ela".

Em um cenário de mais de 100 metros quadrados, Joya agradeceu a "todas as pessoas que hoje estão celebrando o Dia Internacional da Vida em 80 cidades da Espanha, do resto da Europa e da Ibero América, obrigado por seu exemplo. Hoje as crianças por nascer, os doentes, os anciãos e os que são distintos estão mais segura graças a todos vocês. Hoje a vida é um pouco melhor e mais civilizada graças a todos vocês".

Em representação dos organizadores, o cineasta Miguel Angel Tobías, leu o Manifesto pela Vida no qual exorta a sociedade a que "se avive a consciência do valor de toda vida humana e se exija seu respeito e amparo legal, da concepção até a morte natural", proclamando e festejando "o dom da vida, como um direito natural, primitivo e inegociável de todo ser humano".

A mensagem está dirigida às distintas forças políticas e seus programas eleitorais e aos meios de comunicação "para que difundam uma imagem positiva da vida, da maternidade e da gravidez", ao Governo, aos profissionais da saúde "para que se solidarizem e exijam que se respeite seu direito à objeção de consciência".

O manifesto conclui com um compromisso dos manifestantes para "trabalhar ativamente pela defesa da vida e da família, seja de forma individual ou unindo nossas vozes às organizações que lutam por estes ideais".