Fabiola Morales, deputada peruana e candidata à reeleição pelo Partido Solidariedade Nacional (PSN), afirmou que, com os avanços na medicina, "não é necessário o aborto 'terapêutico', e portanto é uma lei que deveria ser derrogada".

Em declarações à agência ACI Prensa em espanhol no dia 4 de março, Morales assinalou que "talvez fosse justificável como 'mal menor' ao início do século XX, quando se aprovou a despenalização do aborto terapêutico no Peru".

Entretanto, "a medicina avançou a tal ponto que uma mãe com alguma doença grave, que inclusive pode ser um câncer, pode muito bem não só conceber, mas também dar à luz e salvar a vida da criança e salvar a vida da mãe".

A deputada também denunciou que existe "uma forte influencia de organismos internacionais, uma forte influencia que vem de fora e com muito dinheiro, que está apostando contra a família, contra a vida e contra os valores".

"Hoje mais que nunca é preciso que defendamos estes valores no congresso" afirmou Morales.

A deputada disse que "o enfoque de gênero além de ser um enfoque absolutamente equivocado, porque nem sequer sabem definir o que é gênero, teríamos que mudá-lo pelo enfoque de família".

"A família não só está composta de mulheres", indicou Morales, "está composta de varões, está composta de crianças, está composta de pessoas idosas".

"Sempre estarei em desacordo com todas aquelas leis que tendam a dividir a família, que tendam a orientar mal a mulher, sobre tudo em um papel de rivalidade com o homem, ou que tendam a dar uma independência às crianças em uma idade prematura".

Fabiola Morales se referiu logo a alguns projetos do candidato presidencial Alejandro Toledo, quem propôs "legislar para que haja aborto no Peru, quer dizer assassinato das crianças que estão no ventre de sua mãe".

Sobre a proposta do candidato à primeira vice-presidência do mesmo partido, Carlos Bruce, para legalizar as uniões homossexuais, a congressista disse que isto constitui "um enfoque bastante claro, mas ao mesmo tempo equivocado".

Este partido, disse "tem proposto o matrimônio homossexual, que desde o ponto de vista natural é absolutamente equivocado, pois o casal humano é um homem e uma mulher, o conceito do matrimônio é de um homem e uma mulher".

Fabiola Morales manifestou sua terminante oposição a estas propostas, pois sabe que está "com a maioria de peruanos que não pensa assim, mas sobre tudo com a razão e com o que deve ser melhor para o ser humano".