Uma recente pesquisa realizada no Peru deu a conhecer que mais das três quartos dos cidadãos é contra o aborto, as uniões gay e a comercialização e o consumo de drogas.

O estudo realizado entre os dias 1 e 6 de fevereiro pela Companhia Peruana de Estudos de Mercados e Opinião Pública (CPI) revelou que "o povo peruano defende a moral e se opõe majoritariamente a estas propostas", segundo assinala uma nota do Arcebispado de Lima, capital do Peru.

Esta investigação mostra que quase a totalidade de pesquisados, 92,2 por cento rechaça a legalização da comercialização e o consumo de drogas no Peru.

Do mesmo modo, 76,3 por cento do total de pesquisados disse ser contra o aborto.

Além disso, 74,7 por cento rechaçou o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo; e 69,5 por cento se manifestou contra a união civil entre homossexuais, desprezada recentemente pelo Congresso que estabeleceu sua inconstitucionalidade.

Estes três temas foram até agora o foco do debate das campanhas eleitorais para as eleições presidenciais que serão realizadas no dia 10 de abril.

No dia 17 de janeiro o porta-voz e candidato à vice-presidência do partido Peru Posible, Carlos Bruce, disse ao jornal El Comércio que seu agrupamento -que lidera as pesquisas no momento-, impulsionará o "matrimônio gay" se seu candidato Alejandro Toledo ganhar as eleições.

Toledo também se manifestou a favor da legalização do aborto e do consumo de drogas durante um encontro com a imprensa internacional, mas no dia seguinte declarou ter sido "mal interpretado".

A legalização das uniões homossexuais conta com o apoio do candidato presidencial Manuel Rodríguez Quadros; e de alguns aspirantes ao congresso como Kenji Fujimori, filho do ex-presidente Alberto Fujimori, cuja filha, Keiko Sofía, postula à presidência do país.

Outros candidatos presidenciais como Luis Castañeda e Pedro Pablo Kuczynski  opuseram-se aos "matrimônios gay", mas disseram estar a favor de uma figura legal como as "uniões civis".
Ambos candidatos também afirmaram ser contra o aborto.