Em uma carta enviada ao Arcebispo de Santiago de Compostela em ocasião da conclusão do Ano Santo Compostelano, o Papa Bento XVI alentou a Europa a vigorizar suas raízes cristãs.

No texto enviado em 31 de dezembro a Dom Julián Barrio Barrio, o Papa assinala que os que peregrinaram em 2010 a Santiago "têm que voltar para suas casas como retornaram a Jerusalém os discípulos do Emaús. Não seremos testemunhas acreditáveis de Deus se não formos fiéis colaboradores e servidores dos homens".

"Este serviço a uma compreensão profunda e a uma defesa valorosa do homem é uma exigência do Evangelho e uma contribuição essencial à sociedade de nossa condição cristã".

Dirigindo-se aos jovens, "com quem terei a sorte de me reunir no próximo ano em Madrid, para a celebração da Jornada Mundial da Juventude" em agosto de 2011, o Papa os convidou "a deixar-se interpelar por Cristo, realizando com Ele um diálogo franco e pausado e perguntando-se também: Contará o Senhor comigo para ser seu apóstolo no mundo, para ser mensageiro de seu amor? Que não falte a generosidade na resposta, nem tampouco aquele arrojo que levou Tiago a seguir o Mestre sem economizar sacrifícios". 
Bento XVI anima aos seminaristas "a que se identifiquem cada vez mais com Jesus, que os chama a trabalhar em sua vinha".

"A vocação ao sacerdócio é um admirável dom do qual se deve estar orgulhoso, porque o mundo necessita de pessoas dedicadas por completo a fazer a Jesus Cristo presente, configurando toda sua vida e seu afazer com Ele, repetindo diariamente com humildade suas palavras e seus gestos, para ser sua transparência em meio da grei que lhes foi encomendada".

Finalmente o Papa expressou que "conservando em minha alma a lembrança de minha grata estadia em Compostela, peço ao Senhor que o perdão e a aspiração à santidade que germinaram neste Ano Santo Compostelano ajudem a fazer mais presente, sob a guia de São Tiago, a Palavra redentora de Jesus Cristo nessa Igreja particular e em todos os povos da Espanha"

"Que sua luz seja percebida igualmente na Europa, como um convite incessante a vigorizar suas raízes cristãs e assim potencializar seu compromisso pela solidariedade e a firme defesa da dignidade do homem".