O coordenador do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá Sardiñas, denunciou que o regime comunista está perseguindo os ativistas do Foro Todos Cubanos, por procurar pacificamente as mudanças que levem a ilha pelo caminho da democracia.

"A Segurança do Estado está reprimindo fortemente a todos os ativistas do Movimento Cristão Liberação e os cidadãos do Foro Todos Cubanos em todo o país e ameaçando com grandes represálias para impedir este movimento cidadão reclame os direitos que significariam as mudanças que o povo quer e necessita", informou Payá.

Em um comunicado, relatou os casos de Ezequiel Morales Carmenate e José Alberto Castro. O primeiro "é açoitado minuto a minuto, de perto por agentes em forma provocadora"; enquanto que o segundo "foi chamado na unidade de polícia de Maffo, em Santiago de Cuba, e ameaçado pela Segurança do Estado".

Payá indicou que os agentes anunciaram a José Alberto Castro que "reprimiriam fortemente para não permitir o Foro Todos Cubanos nem o novo projeto, referindo-se ao projeto Heredia ou lei de Reencontro Nacional (…). Também disseram que isso era um ‘projeto contra-revolucionário’". "Em Cuba –recordou Payá-, reclamar os direitos humanos é considerado contra-revolução pelo regime".

O líder do MCL disse a respeito de Morales Carmenate que as autoridades procuram "algum incidente para encarcerá-lo, como fez o Governo cubano contra Agustín Cervantes (…), condenado a dois anos de prisão em setembro de 2009".

Payá reafirmou o pedido do MCL e do Foro Todos Cubanos para que se dêem na ilha as mudanças que permitam os cidadãos exercer livremente seus direitos. "O povo cubano quer mudanças e que o que faz nosso Movimento é trabalhar pacificamente para que se respeite os direitos dos cubanos", afirmou.