Em um recente artigo Dom Miguel Angelo Freitas Ribeiro, bispo de Oliveira (MG) chama a atenção do eleitorado para as propostas anti-vida do PT da candidata Dilma Rousseff, destacando que este partido afirma-se por um Brasil que inclui “a defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”. Por isso o bispo pede que ao escolher seus candidatos o eleitor observe também seus compromissos com a defesa da vida.

Ao referir-se aos direitos fundamentais da pessoa, que são o direito à vida, à propriedade, à liberdade e à honra, o prelado destaca «entre os quatro direitos, o primeiro é o mais importante porque é a base de todos os outros».

«Os Dez Mandamentos da Lei de Deus expressam em sua totalidade esses direitos fundamentais e seus desdobramentos. O direito à vida ocupa um lugar especial no quinto mandamento: Não matar; que nos obriga à defesa da vida humana desde a sua concepção no ventre materno até sua natural consumação na morte. Aborto e eutanásia, assim como tudo que fere a vida humana, são pois, condenados por Deus», destacou o prelado.

Lembrando o grave delito do aborto e que “quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sentenciae”, como afirma o Canon 1314, do Código de Direito Canônico. O bispo denunciou que “entre os candidatos não são poucos, de diversos partidos, que defendem o aborto, como já declararam em entrevistas à imprensa ou reduzem sua aprovação a um eventual plebiscito como se a objetividade do bem se definisse pela opinião da maioria ou pela estatística e não pela objetividade da Lei de Deus e da lei natural impressa no coração de todos os homens”.

“Entre os partidos, o Partido dos Trabalhadores inclui o aborto em seu programa partidário. O PT em seu 3º Congresso ocorrido em setembro de 2007 afirma-se “por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais” que inclui “a defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”, enfatizou Dom Miguel Angelo citando as Resoluções do Congresso do PT.

Mencionando o Catecismo da Igreja, o bispo recorda que também “faz parte da missão da Igreja emitir um juízo moral também sobre as realidades que dizem respeito à ordem política,quando o exijam os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas”.

“Diante da grave situação em que estamos, cada eleitor católico tem a gravíssima obrigação de ao escolher seus candidatos, observar também seus compromissos com a defesa da vida e com aqueles pontos “que não admitem abdicações, exceções ou compromissos de qualquer espécie” como o caso das leis civis do aborto; da eutanásia; de proteção do embrião humano; da tutela da família como consórcio natural e monogâmico de um homem e uma mulher, portanto contra o reconhecimento da união civil de homossexuais e a adoção de crianças pelos mesmos; da liberdade de educação dos filhos pelos pais; da liberdade religiosa e de uma economia a serviço da vida”, destacou Dom Freitas.

“Cada um examine diante de Deus e de sua consciência para bem escolher nossos governantes de modo a escolher o melhor pelo Brasil. Não podemos nos furtar diante da verdade e da justa defesa da vida e da Lei de Deus”, conclui o bispo do oeste mineiro.

O artigo completo pode ser visto em: http://www.acidigital.com/naomatar.htm