O Bispo de San Luis, na Argentina, Dom Jorge Luis Lona, criticou as autoridades que usando "subterfúgios" impulsionam o aborto dos não nascidos, já que estamos falando de um assassinato mesmo que alguns utilizem palavras como "interrupção da gravidez".

Em uma mensagem também assinada pelo Bispo Auxiliar, Dom Pedro Martínez, o Prelado advertiu que negar aos não-nascidos seu direito fundamental à vida é transitar "pelo caminho da injusta discriminação".

Nesse sentido, lamentaram que ante a cultura da vida, na Argentina se esteja escolhendo a cultura da morte. "Escolhe-se a cultura da promoção legal do aborto", advertiram.

"Não se utilizará a chocante palavra ‘assassinar’. Se dirá que se trata apenas de uma ‘interrupção da gravidez’", mas, sentenciaram, "serão vidas definitivamente interrompidas".

Com respeito à Guia Ministerial, os bispos denunciaram que se trata de um novo "subterfúgio" que apresenta o crucial tema da defesa da vida como "mero trâmite burocrático".

"Outro subterfúgio é apresentar este tema -não como uma questão de vida ou morte em que poderiam chegar a alterar-se básicos princípios constitucionais- mas sim como um mero trâmite burocrático no qual por uma interpretação ‘ampla’ do Código Penal, dar-se-ia curso a uma Guia Ministerial de máximo permissivismo abortista. Por enquanto, a consciência do principal responsável o impediu", assinalaram.

Os bispos também denunciaram a discriminação contra as crianças às quais é negado o direito a ter um pai e uma mãe. "Hoje, os ativistas que promovem a cultura do aborto na Argentina, são os mesmos, ou estão estreitamente coordenados, com os que promoveram o matrimônio homossexual, e procuram estender seus efeitos a toda a sociedade no educativo e cultural", advertiram.

"Trata-se de um projeto globalizado, cujo núcleo central se vincula indubitavelmente a setores das Nações Unidas. Em nome da luta contra a discriminação, desdobram a discriminação mais ativa e injusta contra quem acredita que Deus é ‘fonte de toda razão e justiça’, e vivem sustentados por essa fé", denunciaram.