A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) deu a conhecer um comunicado ontem no qual recordam que "o Matrimônio –a união entre um homem e uma mulher– é uma instituição única e insubstituível. A própria constituição de nossa sociedade depende dele. Nada se compara à exclusiva e permanente união entre o marido e a esposa". Assim o assinalaram os prelados em referência a uma sentença de uma corte federal em Massachusetts que rejeita esta definição.

Em um comunicado dado a conhecer pelo Arcebispo de Louisville e Chefe do Comitê Ad Hoc para a Defesa do Matrimônio da USCCB, Dom Joseph Kurtz, se expressa a grave preocupação dos prelados por duas sentenças de 8 de julho em uma corte federal de Massachusetts que indicam que a seção 3 da Lei de Defesa do Matrimônio (ou DOMA, por suas siglas em inglês) é inconstitucional. Esta norma assinala que o matrimônio consiste na união legal de um homem e uma mulher.

O texto dos bispos assinala também que "o estado tem o dever de empregar a lei civil para reforçar –e de fato privilegiar de modo único– esta instituição vital para a sociedade civil. As razões para respaldar o matrimônio com a lei são incontáveis, assim para proteger o lugar exclusivo dos maridos e esposas, o papel indispensável dos pais e das mães, e os direitos das crianças, que com freqüência são os mais vulneráveis entre nós".

"Entretanto –adverte– um juiz decidiu que uma lei que protege o matrimônio (DOMA) falha na sua intenção de servir um interesse governamental singular e minimamente racional. Em nome do Comitê Ad Hoc para a Defesa do Matrimônio que faz parte do Episcopado expresso minha grave preocupação por estas perigosas e decepcionantes sentenças que ignoram inclusive os propósito mais simples do matrimônio e portanto ofendem a verdadeira justiça".

O Arcebispo disse logo que "alegar que definir o matrimônio como a união de um homem e uma mulher é de algum modo irracional, pré-conceituado ou inclusive errado, é uma grande falta ao serviço não só à verdade mas também ao bem da nação" e precisou que "o matrimônio existe desde antes que o Estado e não está aberto a re-definição alguma por parte dele. O papel do estado, em vez disso, é respeitar e reforçar o matrimônio".

Finalmente o Prelado assinalou que "a decisão da quinta-feira, em contraste, usa o poder do estado para atacar a perene definição de matrimônio, reduzindo-o meramente à união de dois adultos quaisquer que a consentem. Mas só o homem e a mulher são capazes de fazer parte do único matrimônio, que dá vida e que suporta uma série de responsabilidades específicas. Proteger o matrimônio como a união entre um homem e uma mulher não é só algo legítimo mas um interesse vital do governo".