O grupo irlandês Youth Defence lançou uma campanha informativa para explicar à opinião pública que o mal chamado "aborto terapêutico" não existe, porque o aborto nunca é medicamente indicado e que os procedimentos médicos necessários para tratar as gravidezes ectópicas, a pré-eclâmpsia ou o câncer de útero não são considerados abortos.

Com avisos em jornais, folhetos e páginas Web, o grupo difunde testemunhos de mulheres e opiniões de especialistas sobre o tema.

Os organizadores explicam que "o aborto nunca salva a vida de uma mãe – só mata a criança" e por isso "é absolutamente falso alegar que os cuidados médicos necessários para o câncer e outras condições sejam considerados abortos".

"Na Irlanda o aborto está proibido e, de acordo com a ONU, somos o país mais seguro no mundo para que uma mulher tenha um bebê. Então, em tais casos como uma gravidez ectópica ou o câncer do útero os médicos sempre podem tratar as mães – ainda se a atenção brindada tem como conseqüência a morte não intencional de seus bebês", acrescentam.

Do mesmo modo, citam o presidente do Instituto de Obstetras e Ginecologistas quem perante o Comitê Dáil em 2000 expressou que "um obstetra jamais pensaria que intervir em um caso de pré-eclâmpsia, câncer de útero ou gravidez ectópica seja considerado um aborto. Para o profissional, não são abortos; são tratamentos médicos essenciais para salvar a vida da mãe".

A campanha difunde testemunhos de mães como René. "Agora vejo que os promotores do aborto alegam que o tratamento para uma gravidez ectópica se considera um aborto. Isso é totalmente falso – e é injusto buscar assustar as mulheres dizendo que os cuidados médicos que elas necessitam sejam abortos. Eu não queria que meu bebê morresse. E agora me causa imensa pena ver que sua morte seja manipulada para promover a aceitação do aborto", sustenta René.