O escritor inglês Philip Pullman, que nos últimos anos ganhou fama e fortuna com romances anti-católicos para crianças, preparou suas baterias contra Jesus Cristo e anunciou o próximo lançamento de um novo livro no que apresenta o Senhor como um "canalha" e a São Paulo como um fantasioso que lhe adjudicou poderes sobrenaturais.

O livro, que será posto à venda na próxima Semana Santa, titula-se "Jesus o Bom Homem e o Cristo canalha" ("The Good Man Jesus and the Scoundrel Christ"). Seu argumento de fundo é que São Paulo transformou a personalidade do Jesus e, usando seu "fervente imaginação" adjudicou atributos divinos a um homem normal.

Pullman, que se proclama ateu e forma parte da Sociedade Nacional Secular, justificou seu insólito argumento alegando que "São Paulo começou a transformar a história de Jesus em algo distinto e extraordinário no tempo em que escreveram os Evangelhos e parte de sua versão influiu no que escreveram os evangelistas".

Para Pullman, "Paulo era um literato e um gênio da imaginação que teve mais influencia em seu mundo que qualquer outro, incluindo Jesus. Teve a grande habilidade de persuadir a outros e suas habilidades retóricas convenceram às pessoas por 2,000 anos".

O novelista, autor de "A bússola dourada", acrescenta que sua história parte da "tensão na natureza dual de Jesus Cristo" e tem partes de "história e partes de conto de fadas".

O Bispo Auxiliar de Birmingham, Dom David McGough, criticou o livro e em uma coluna do jornal The Catholic Herald, recordou que "não há evidência alguma de que São Paulo tenha influenciado os Evangelhos. Nenhum acadêmico respeitável poderia ter escrito algo sobre a teoria" de Pullman.