Esta quinta-feira 18 de junho na manhã, conhecidos promotores do aborto apresentarão em uma conferência de imprensa o caso de uma adolescente deficiente como nova bandeira pela legalização desta prática anti-vida.

Uma nota de imprensa distribuída entre os meios peruanos afirma que “a adolescente L.C. (16) demandará ao Estado peruano ante o Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher das Nações Unidas (CEDAW, por suas siglas em inglês) ao não haver lhe permitido um aborto terapêutico oportuno, que tivesse impedido a invalidez permanente da qual hoje padece e que truncou sua vida”.

Embora se desconheça os detalhes da demanda, vários médicos consultados pela ACI prensa coincidiram em assinalar que a gravidez não é causa de invalidez e o mais provável é que se trate de um caso de negligência médica.

Na conferência de imprensa estarão pressentem Walter Gutiérrez, decano do Colégio de Advogados de Lima; Susana Chávez, diretora do PROMSEX; a chilena Lilian Sepúlveda, representante do Centro de Direitos Reprodutivos; e Valerio Palácios, advogado da família da adolescente.

Nos últimos anos, os grupos abortistas no Peru recorreram –ainda sem êxito- à estratégia legal de usar dramáticos casos de jovens de escassos recursos para impulsionar sua agenda. Um dos mais conhecidos foi o de Karen Llantoy, uma jovem a que se negou abortar a seu bebê diagnosticado com anencefalia, uma má formação que supõe a pronta morte do recém-nascido, porque os médicos encontraram que não havia risco algum para a saúde da mãe.

Carlos Pólo, diretor para a América Latina do Population Research Institute (PRI), destacou a presença de Sepúlveda, de nacionalidade chilena, na conferência de imprensa.

“Sepúlveda é membro do Centro de Direitos Reprodutivos e co-autora com Mónica Roa –quem impulsionou a legalização do aborto na Colômbia- e Luisa Cabal de um artigo titulado ‘O litígio internacional na promoção e o avanço dos direitos reprodutivos na América Latina’ aonde se explica como este tipo de casos é uma estratégia pré-fabricada para introduzir o aborto na América Latina”, indicou Pólo.

A gestão com o caso Llantoy, “não teve nenhum êxito porque entre outras coisas o caso reclamava um aborto de um menino anencefálico que as leis peruanas tipificam como delito de aborto eugênico. Possivelmente por isso as feministas estão depois de um novo caso que lhe sirva mais a seus propósitos”, adicionou Pólo.

Assinalou que “estas feministas não estão interessadas na situação destas mulheres que são somente instrumentalizadas para obter seus objetivos políticos. Não lhes interessa nem L.C. nem Karen Llantoy, interessam-lhes os abortos que se possam produzir a partir do litígio destes casos”.