A Federação Espanhola de Associações Pró-vida rejeitou energicamente a liberalização do aborto no país e denunciou que a polêmica Lei do Aborto procuraria dar anistia aos empresários que lucraram por anos com esta prática.

“Denunciamos publicamente que esta lei não tem outro objeto que conseguir anistia com efeitos retroativos para os empresários do aborto que não só estão isentos de escrúpulos por arrancar os filhos das vísceras de seus, muitas vezes,  atormentadas mães, mas também além disso burlam a lei atual”, sustenta a Federação em uma nota de imprensa.

Do mesmo modo, recorda que “um delito não se converte em direito por afirmar que o é nem porque se adorne com eufemismos de liberdade e progresso. Já é suficiente com as vidas que se perderam, com as mulheres quebrantadas e as gerações mutiladas. O aborto é algo terrível e doloroso para todos e não podemos admiti-lo como algo inevitável e menos ainda falar dele como avanço nos direitos sociais”.
Para a Federação, a aprovação desta lei trará “mais gravidezes especialmente em jovens, mais morte e mais vistas interrompidas”.

“Queremos mostrar nossa mais profunda indignação quando se apela à liberdade da mulher e a sua saúde, para inventar um direito que é o de matar a um filho sem dar explicações se isto for feito em um prazo determinado. Um delito não se converte em direito por repeti-lo muitas vezes e adorná-lo com eufemismos de liberdade e progresso”, esclarece.

Finalmente, a Federação expressa sua confiança em que “sobressaia o sentido comum e o governo retifique e dê marcha atrás neste projeto retrógrado e desumano que só alegrará aos que lucram com a dor alheia e que suporá uma degradação e um abandono maior para a mulher, para os filhos e para toda a sociedade espanhola”.