Pedro Zerolo, conhecido ativista homossexual e secretário executivo do governante Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), viajou a Argentina, Uruguai e Paraguai –onde foi recebido pelo presidente eleito Fernando Lugo–, para promover a ideologia de gênero e a legalização das uniões homossexuais em América do Sul.
Depois de reunir-se com Lugo, Zerolo assegurou que a Espanha e Paraguai estabelecerão "planos de cooperação ao desenvolvimento que tenham que ver com a luta contra a pobreza, com a educação, com a perspectiva de gênero, com a luta contra a mudança climática".
O também secretário de Movimentos Sociais do PSOE se reuniu no Paraguai com coletivos feministas e homossexuais, diante dos que reafirmou seu desejo de que no Paraguai "desenvolvam-se políticas com perspectiva de gênero".
Na sua passagem pela Argentina, Zerolo animou à Presidenta Cristina Kirchner a "entrar em futuro", permitindo a aprovação de um projeto de lei que legalizaria as uniões homossexuais e daria a estes casais a possibilidade de adotar crianças.
O projeto em questão é impulsionado pelo Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (INADI), encontra-se atualmente na Secretaria Legal e Técnica da Presidência, e será remetido ao Congresso em caso de que a mandatária lhe dê sua aprovação.
"A esta lei vão se opor os mesmos que na Espanha não queriam que nada mudasse. Mas não me preocupa ver a direita e à Igreja na rua", afirmou Zerolo, quem em mais de uma ocasião atacou o trabalho da Igreja Católica em seu país.
Quem é Zerolo?
Pedro Zerolo foi presidente em 1993 do Coletivo Gay de Madri. Em 1998 foi eleito presidente da hoje Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGTB), cargo para o qual foi reeleito em 2000 e 2002.
Como membro do PSOE, foi um dos principais impulsionadores da legalização das uniões homossexuais na Espanha. Participou dos cinco projetos que procuraram modificar o Código Civil em matéria de uniões homossexuais no Congresso de Deputados em 2001 e 2003.
Em 1 de outubro de 2005 legalizou sua união com outro homem. Além de trabalhar para o PSOE é vereador da Prefeitura de Madri e personagem de confiança de José Luis Rodríguez Zapatero.