Casa Santa Marta


VATICANO, 11 Abr. 05 (ACI).- Os cardeais de todo o mundo que chegaram a Roma para assistir aos funerais do Papa João Paulo II e ao próximo Conclave, encontram-se hospedados na chamada Casa Santa Marta ou Domus Sanctae Marthae uma residência construída pelo próprio João Paulo II com vistas à eleição de seu sucessor.

A atual casa Santa Marta é uma Fundação. Anteriormente existia a casa albergue de Santa Marta e em seu interior o Dispensário Pontifício de Santa Marta.

A “Domus” é uma moderna residência para os cardeais e prelados que passam por Roma. Está composta por 106 suítes e 22 habitações simples. É administrada pela congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, que hoje em dia é a congregação religiosa feminina mais numerosa no mundo, contando com 22 mil religiosas.

A Casa tem uma relação direta com o compromisso social e assistencial como foi expresso desde fins do século XIX e especialmente no período da Segunda guerra mundial.

Ao momento da Sé Vacante, a “Domus” é desocupada por aqueles que a ocupam para alojar os Cardeais Eleitores. Além destes serão alojados também aqueles que devem participar do Conclave.

Do ponto de vista jurídico, a atual “Domus” é uma “Fundação” constituída em 1996 através de um documento “quirografado” do Papa, quer dizer escrito pela própria mão do Pontífice.

Tomou o lugar da pré existente fundação querida pelo Papa Leão XIII, que em 1891 tinha decidido destinar um espaço do interior do Vaticano para casa albergue para a assistência dos doentes dos setores adjacentes à Cidade do Vaticano, assim como combater a epidemia de cólera que nesses dias atacava as diversas cidades italianas. Durante os anos da Segunda guerra mundial foram acolhidos prófugos, judeus, assim como embaixadores dos países que tinham rompido relações diplomáticas com a Itália.

O documento “quirografado” de 1996 de João Paulo II, ressalta também que foi construído “um novo edifício na área em que existiam uma parte do mencionado albergue e, em vista à nova situação maturada com o tempo, decidi suprimir a precedente Fundação e instituir uma nova Fundação sob o título de Domus Sanctae Marthae destinando-a a oferecer hospitalidade, em espírito de autêntica fraternidade sacerdotal, ao pessoal eclesiástico em serviço à Secretaria de Estado e, nos limites do possível, aos outros Dicastérios da Cúria Romana, assim como aos Cardeais e aos Bispos de passagem pela Cidade o Vaticano… Tudo isto compatível com o que é estabelecido pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis.”

Então, além dos Cardeais Eleitores, entram na Casa Santa Marta e no Conclave, algumas pessoas cuja presença é importante para regular o desenvolvimento dos trabalhos.

O parágrafo 46 da Constituição assinala explicitamente: o Secretário do Colégio Cardinalício, que atua como Secretário da assembléia eletiva; o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias com dois Cerimoniais e dois religiosos colaboradores à Sacristia Pontifícia; um eclesiástico eleito pelo Cardeal Decano ou pelo Cardeal que faça suas vezes, para que o assista em seu cargo.

Além disso, devem estar disponíveis alguns religiosos de várias línguas para as confissões e dois médicos para eventuais emergências. Deve-se também prover oportunamente para que um número suficiente de pessoas, colaboradoras aos serviços de alimentação e de limpeza estejam disponíveis para isso. Todas deverão receber a aprovação prévia do Cardeal Camerlengo e dos três Assistentes.

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