Hoje Igreja celebra Santo André Apóstolo, a “ponte do Salvador”
REDAÇÃO CENTRAL, 30/11/2020 (ACI).- Neste dia 30 de novembro, é celebrada a festa de Santo André Apóstolo, irmão de Pedro e patrono da Igreja Ortodoxa. As passagens dos Evangelhos que mostram como André aproximou algumas pessoas de Jesus lhe renderam o título de “ponte do Salvador”.
Santo André nasceu na Betsaida. De início, foi discípulo de João Batista e logo começou a seguir Jesus. Foi por intermédio dele que Pedro conheceu o Senhor. “Encontramos o Messias”, disse ao seu irmão.
Aparece ainda no episódio da multiplicação dos pães e dos peixes, quando indica a Jesus um jovem que tinha apenas cinco pães e dois peixes.
Além disso, ao lado de Filipe, dirige-se a alguns gregos e os leva a conhecer o Salvador.
A tradição assinala que, depois do Pentecostes, o apóstolo André pregou em muitas regiões e foi crucificado na Acaia, Grécia. Diz-se que a cruz em que morreu tinha forma de “X”, a qual ficou conhecida popularmente como “cruz de Santo André”.
Esta cruz recebeu as seguintes palavras do apóstolo: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”.
Santo André é também fundador da Igreja em Constantinopla, nome antigo da atual cidade do Istambul, na Turquia.
Em um dia como este em 2014, o Papa Francisco, sucessor do Pedro, e o Patriarca Bartolomeu, herdeiro de Santo André, renovaram na Turquia os laços de irmandade entre ambas as Igrejas.
Naquela ocasião, durante a homilia, Francisco dirigiu estas palavras ao Patriarca: “Amado irmão, caríssimo irmão, estamos já a caminho, a caminho para a plena comunhão e já podemos viver sinais eloquentes de uma unidade real, embora ainda parcial. Isso nos conforta e sustenta na prossecução deste caminho”.
Por fim, declarou: “Temos a certeza de que, ao longo desta estrada, somos apoiados pela intercessão do Apóstolo André e do seu irmão Pedro, considerados pela tradição os fundadores das Igrejas de Constantinopla e de Roma. Imploramos de Deus o grande dom da unidade plena e a capacidade de o acolher nas nossas vidas. E não nos esqueçamos jamais de rezar uns pelos outros”.
Terroristas muçulmanos massacram 4 cristãos na Indonésia
JACARTA, 30/11/2020 (ACI).- Um grupo de terroristas muçulmanos ligados ao Estado Islâmico assassinou quatro cristãos na Indonésia, decapitando um e queimando outro vivo em sua casa, informaram as autoridades locais neste sábado.
Segundo informações da AFP, os assassinatos foram cometidos na sexta-feira, 27 de novembro, por oito homens armados com sabres e armas de fogo, na cidade isolada de Lembantongoa, na ilha de Sulawesi.
Segundo a polícia local, depois de matar os cristãos, os terroristas atearam fogo em várias casas da cidade, incluindo uma que serve de igreja por estar dedicada à oração.
Segundo as autoridades, os assassinos seriam membros do grupo Mujahideen da Indonésia Oriental, uma divisão do Estado Islâmico presente no país asiático, majoritariamente muçulmano.
O chefe da polícia local, Yoga Priyahutama, explicou que no momento dos eventos os moradores não estavam na casa de oração, mas "em suas próprias casas quando tudo aconteceu".
O líder da aldeia, identificado apenas como Rifai, comentou que "alguns moradores conseguiram escapar, mas certamente as vítimas não".
Ataques semelhantes contra cristãos também ocorreram na Indonésia em 2018, quando outro grupo ligado ao Estado Islâmico, o Jamaah Ansharut Daulah, realizou uma série de atentados suicidas em Surabaya, matando 25 pessoas e ferindo mais de 50.
“Apesar de nossa profunda tristeza, perdoamos os autores dos crimes e rezamos pelos culpados e organizadores desses atos horríveis: que o Senhor ilumine suas mentes”, disse então o pároco da igreja de Maria Imaculada, Pe. Alejo Kurda Irianto, em declarações à agência vaticana Fides.
Mais de 259 milhões de pessoas vivem na Indonésia, a grande maioria dos quais são muçulmanos, que constituem 12,7% do total de membros da religião islâmica em todo o mundo.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Única igreja em Gaza leva esperança às casas com a imagem do Menino Jesus para o Natal https://t.co/jg4S4hX80u
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Papa oferece três elementos-chave para fazer o bem durante o Advento
Vaticano, 30/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco propôs que, durante o Advento que começou neste domingo, 29 de novembro, os fiéis possam se concentrar em três elementos para tirar o bem das dificuldades impostas pela pandemia: sobriedade, solidariedade e oração.
“Procuremos tirar o bem inclusive da difícil situação que a pandemia nos impõe: maior sobriedade, atenção discreta e respeitosa aos próximos que podem estar em necessidade, alguns momentos de oração em família, com simplicidade”, disse o Pontífice no final da oração do Ângelus do Palácio Apostólico do Vaticano.
“Estas três atitudes ajudar-nos-ão muito: maior sobriedade, atenção discreta e respeitosa aos próximos que podem estar em necessidade e depois, muito importante, alguns momentos de oração em família, com simplicidade”, reforçou no final.
Este pedido do Santo Padre junta-se a outro feito pouco antes, durante a Missa celebrada na Basílica de São Pedro.
Na homilia, o Pontífice convidou a pronunciar cada dia do Advento esta oração simples, mas espiritualmente profunda: "Vem, Senhor Jesus".
“Podemos dizê-la ao princípio de cada dia e repeti-la com frequência, antes das reuniões, do estudo, do trabalho e das decisões a tomar, nos momentos mais importantes e nos de provação”, sugeriu o Papa Francisco.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Esta é a oração que o Papa Francisco propõe para rezar a cada dia no Advento https://t.co/64SVjYBAKl
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Arquidiocese do Rio se pronuncia sobre ato em Basílica de Botafogo
RIO DE JANEIRO, 30/11/2020 (ACI).- A Arquidiocese do Rio de Janeiro emitiu um comunicado informado que foram tomadas medidas após a promoção de uma apresentação considerada por muitos como blasfema na Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo; entre tais medidas, a realização de um ato penitencial público.
A apresentação em questão foi o espetáculo “My Sweet Lord (Meu Doce Senhor) - Hare Krishna”, realizado no dia 24 de outubro dentro da Basílica, com referências a deuses pagãos.
No comunicado, a Arquidiocese do Rio assinalou que, “ao tomar conhecimento do mesmo, a autoridade eclesiástica chamou o Pároco, para tomar ciência”. Dessa forma, “após ouvi-lo, tomou as providências conforme as normas canônicas (cf. Cân. 1376), e recordou que era inapropriado o local para tal evento”.
Segundo o pároco, cônego Marcos William Bernardo, “o ato cultural foi realizado sem a presença do Santíssimo Sacramento no templo, tendo sido levado à uma capela privada na casa paroquial”.
Como consequência, indicou a nota, a postagem do evento foi retirada “das páginas das redes sociais da paróquia” e realizaram “de forma privada uma celebração penitencial”.
Além disso, “inteirado do incômodo espiritual causado aos fieis católicos, o pároco realizou também na Solenidade de Cristo Rei, um ato penitencial público, durante a celebração da Santa Missa dominical, conforme fora determinado pela autoridade eclesiástica da mesma Arquidiocese, única competente para emitir o juízo definitivo e orientar nestes casos, completou o comunicado.
O espetáculo
O espetáculo “My Sweet Lord (Meu Doce Senhor) - Hare Krishna” faz parte do evento cultural “Temporada Teatral, da Expo Religião, com realização da FUNARJ.
Um vídeo da apresentação foi publicado no Youtube de Expo Religião, “uma Feira Inter-Religiosa que através de suas atividades demonstra sociedade que a convivência é possível desde que haja respeito”, assinala o canal.
Na descrição deste espetáculo, explicam que é “um concerto musical teatralizado, criado especialmente para o Encontro Inter Religioso da Cidade do Rio de Janeiro, a ser realizado em outubro 2020”.
“Em formato de concerto musical teatralizado, concebido por seu autor Ciro Barcelos,o espetáculo se propõe a uma performance musical celebrativa, através de canções e mantras de diversos compositores que expressam a espiritualidade e a busca pelo autoconhecimento”, afirmam.
Além disso, indicam que “este projeto visa levar a história de uma religião a um espaço religioso diferente. Um verdadeiro intercâmbio religioso e cultural desconstruindo a intolerância”.
Confira também:
Vândalos destroem altar e imagens de santos em capela https://t.co/qoh4k3RSjY
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Multidão de argentinos diz sim à vida e não ao aborto
Buenos Aires, 30/11/2020 (ACI).- Manifestações multitudinárias ocorreram no sábado, 28 de novembro, em toda a Argentina para dizer ao governo do presidente Alberto Fernández que a maioria do país é celeste, defende a vida e rejeita o aborto.
As manifestações foram realizadas em todo o território, segundo os organizadores em mais de 500 cidades, com o lema #LaMayoríaCeleste (#AMaioriaCeleste), para expressar oposição ao projeto de lei, promovido por Fernández, que visa legalizar o aborto no país, e que poderia ser votado no próximo dia 10 de dezembro.
Com marchas, protestos, manifestações e caravanas, os argentinos saíram às ruas de Buenos Aires, Neuquén, Rosário, Tierra del Fuego, Paraná, Jujuy, Resistencia, Posadas, La Rioja, Santa Fé, Córdoba, Corrientes, Bariloche, Chubut, Salta , entre outras.
Além da Argentina, em diversos países como Peru, Costa Rica, El Salvador, entre outros, grupos pró-vida realizaram protestos em frente às embaixadas argentinas.
Ser #provida toda la #vida 🎵 es saber que TODA vida importa 🎵
— FUNDACIÓN VIDA SV (@vida_sv) November 28, 2020
Ven te invito a dar la cara por la vida 🎵 es que mirá... la vida es #bella ❤
es #CulturaDeVida porque toda vida es Sagrada......... 🎵#VIDAsí#abortoNO#ArgentinaEsProvida#ElSalvadorEsProvida pic.twitter.com/c2S6hQLZt4
Com slogans como “Legal ou ilegal o aborto mata igual”, “Não temos medo de defender a verdade”, “Os que defendemos a vida somos mais, somos a maioria celeste”, entre outro, os argentinos dizem não à legalização do aborto.
Uma das participantes da marcha em Buenos Aires foi a deputada Victoria Morales Gorleri, que há poucos dias recebeu uma carta do Papa Francisco, em resposta a uma carta enviada por duas mulheres de um dos bairros populares da capital, Villa 31, preocupadas com o projeto de lei do aborto promovido pelo presidente Fernández.
“Francisco me escreveu uma carta, dirigida às mulheres, onde diz que não é justo contratar um matador de aluguel para resolver um problema”, recordou a deputada.
A 4800 mts de altura, Paraje el Toro, SALTA. #LaMayoríaCeleste en la Argentina profunda que ama la vida. pic.twitter.com/6b58KX5aSe
— Unidad Provida 💙 (@unidadprovidaok) November 28, 2020
“Temos que resolver o problema lutando contra a pobreza e criando empregos. Os caminhos são diferentes e não a eliminação de uma vida”. “É um fracasso para uma nação legalizar a morte de um ser humano”, acrescentou.
“Para além dos credos e da própria Constituição, é uma questão de ética, de uma visão de humanidade. Se legalizarmos a decisão sobre a vida humana para resolver um problema, teremos um fim de ano muito triste porque nos tornaremos um povo que se distancia cada vez mais da ética ligada ao ser humano”, destacou Morales.
Por sua vez, o conhecido cientista político e especialista em ideologia de gênero, Agustín Laje, afirmou que “a vida não é apenas um direito, mas um direito fundamental, sem o qual nenhum outro direito faz sentido”.
#LaMayoriaCeleste pic.twitter.com/rWwLG2aO04
— PilyPuy💙💙 (@Pily02218669) November 28, 2020
O que toda pessoa “precisa, em primeiro lugar, é o direito de viver para exercer qualquer outro direito. É até uma questão de lógica”, frisou. Do mesmo modo, alertou que “a ruptura dos direitos humanos começa pela ruptura do direito à vida”, como se pretende fazer com a lei do aborto.
Camila Duro, da Unidade Pró-Vida Argentina, explicou à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, que as grandes manifestações de sábado aconteceram porque o governo Fernández “quer legalizar o aborto de modo expresso, virando as costas à maioria do povo argentino, por isso procuramos manifestar nossa insatisfação com essa medida”.
Interminable Córdoba #LaMayoriaCeleste pic.twitter.com/fkA5nHsgc2
— Unidad Provida 💙 (@unidadprovidaok) November 28, 2020
A presidente de Médicos pela Vida Argentina, Dra. María José Mancino, por sua vez, disse à ACI Prensa que, ao contrário do que dizem os que apoiam a regra antivida do governo, “o aborto não é um problema de saúde ou um problema prioritário. Na Argentina existem muitos outros problemas que não estão sendo considerados”.
“Na Argentina, em 2018, o Senado já rejeitou e o povo já saiu às ruas para dizer que não queremos o aborto. O país não precisa estar dividido em um clima político e econômico tão tenso".
Na madrugada de 9 de agosto de 2018, o Senado argentino rejeitou a lei do aborto por 38 votos a 31, uma histórica vitória pró-vida que demonstrou a vontade do povo argentino.
¡ASÍ ESTÁ EL CONGRESO AHORA Y NO PARA DE LLEGAR GENTE! Somos #LaMayoríaCeleste 💙💪👏 pic.twitter.com/NXdfuadrmM
— Unidad Provida 💙 (@unidadprovidaok) November 28, 2020
Dra. Mancino destacou a necessidade de “defender os valores, tradição e família do país. O aborto é uma questão que nos divide a todos. Com esta lei, querem matar os futuros argentinos, compatriotas, cidadãos do nosso país”.
Raúl Magnasco, da Más Vida Argentina, explicou à ACI Prensa que "vivemos tempos muito difíceis em nosso país e é importante que nos comprometamos com a defesa da vida".
#28NSalimosTodos #LaMayoríaCeleste hoy en todas las plazas del país, pero en CABA frente al Congreso le decimos a los políticos q no escuchan al pueblo, que #ArgentinaEsProvida. Su cultura de la muerte no es lo q queremos para nuestra Nación! Ningún argentino sobra! pic.twitter.com/5ULJQhySyT
— Victoria Villarruel (@VickyVillarruel) November 28, 2020
“Está claro, mais claro depois de 2018, quando foi debatido o projeto anterior, que o aborto é algo que quase toda a população argentina rejeita. Talvez antes de 2018 não fosse tão claro, agora é”.
Magnasco especificou que “a reivindicação civil é para respeitar a vontade do povo perante um governo que promove a agenda do aborto de acordo com os interesses ou exigências do Fundo Monetário Internacional, chamando-os de direitos ou saúde sexual e reprodutiva”.
¡Tenemos LA canción para las marchas!
— Unidad Provida 💙 (@unidadprovidaok) November 28, 2020
¡Escuchala y andá practicando! 💙💙👏👏🎶
📣🎶 Somos un pueblo grande que ama la vida / no queremos aborto en la Argentina / la mayoría celeste viene marchando / y se la damos vuelta en Diputados!!! 🎶
🥁🎼#LaMayoriaCeleste pic.twitter.com/sbCQoTGKyD
Essas manifestações multitudinárias são respostas aos “requisitos de algumas minorias que não representam a vontade do povo. O fato de que os deputados não representem a vontade popular da mesma forma é algo que gera irritação e muito desconforto na população, por isso se fortalece o compromisso de defender a vida em todos os âmbitos”.
A ex-deputada Cynthia Hotton disse a esse respeito que, com a lei do aborto, “o governo nacional pretende colocar [o tema] na agenda para dividir a sociedade e distrair. O presidente esconde o fracasso da saúde pública, da pobreza e da economia por trás dessa iniciativa”.
La Previa #LaMayoríaCeleste pic.twitter.com/taN3a6Gjeb
— Unidad Provida 💙 (@unidadprovidaok) November 28, 2020
“As pessoas estão fartas das mentiras e da manipulação política de tudo: desde a pandemia e posse de terras até a despedida de Diego Maradona. O resultado é sempre o mesmo: depois da imperícia, quem mais sofre é o povo. Com o aborto acontece a mesma coisa. As pessoas estão cansadas do lenço verde como a panaceia para todos os problemas das mulheres e da sociedade”.
Na Argentina, as feministas e sua agenda têm como símbolo o lenço verde, já o lenço celeste simboliza a causa pró-vida.
📣Arranca la caravana en varias de las 505 ciudades de ARGENTINA!!🇦🇷
— Ximena Izquierdo (@providadexvida) November 28, 2020
Santiago del Estero en marcha!!#LaMayoriaCeleste 💙💙🇦🇷🎵🎶@aciprensa @carloswaite @AgenciaAica @LANACION @vivicanosaok @marianoobarrio pic.twitter.com/cwZA4RYPwI
“Enquanto o orçamento é desperdiçado entre feministas radicais e abortistas em todos os ministérios, a pobreza, a insegurança e a violência continuam crescendo; o Sistema de Saúde continua colapsando; os médicos, mal pagos, continuam sobrecarregados; as mulheres grávidas e os bebês em gestação continuam morrendo nas províncias mais pobres, mas também na cidade de Buenos Aires”, lamentou Hotton.
"O lenço verde parece ser para Alberto Fernández a única bandeira que permanece de pé", sublinhou.
¡Miren lo que es esto! Haciendo la previa en el Congreso. Hoy más de 500 ciudades de Argentina marchan por la vida. #LaMayoríaCeleste 💙💙💙👏👏 pic.twitter.com/cOWUOKYlCI
— Unidad Provida 💙 (@unidadprovidaok) November 28, 2020
O projeto de lei do aborto
O projeto de lei do aborto intitula-se "Regulamentação do acesso à interrupção voluntária da gravidez e atenção pós-aborto" e foi elaborado pelos ministérios da Saúde e das Mulheres, Gêneros e Diversidades em coordenação com a Secretaria Técnica e Jurídica da Presidência da República.
Junto com este texto, Fernández também apresentou o projeto de “Atenção e cuidado integral da saúde durante a gravidez e a primeira infância”, elaborado pelo departamento de Desenvolvimento Social. Isso foi considerado como uma espécie de “estratégia enganosa” que permitiria a aprovação do primeiro.
Ambos os projetos começarão a ser tratados em paralelo e em sessões online a partir da próxima semana.
Até o momento, estão previstos dois dias para que se apresentem entre 30 e 60 conferencistas da área científica, de saúde, ética-religiosa e judicial, tendo cada um com 7 minutos.
O objetivo seria discutir os projetos em dezembro para que uma vez votado no plenário da Câmara dos Deputados e se for aprovado - o que se chama de “meia sanção” -, deveria ingressar no Senado para debate.
O projeto de 2018 foi aprovado na Câmara dos Deputados e acabou rejeitado pela maioria no Senado.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Presidente da Argentina anunciou o envio do projeto de legalização do aborto ao Parlamento https://t.co/Csh89DwvkY
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Papa ao Patriarca Bartolomeu: Santo André é fonte de ânimo nestes tempos difíceis
Vaticano, 30/11/2020 (ACI).- O Papa Francisco recordou que “a caridade, o zelo apostólico e a perseverança de Santo André são uma fonte de ânimo nestes tempos difíceis e críticos” e acrescentou que “dar glória a Deus também fortalece a nossa fé e esperança naquele que acolheu na vida eterna o santo mártir André, cuja fé perdurou em tempos de provação”.
Assim indicou o Santo Padre em uma mensagem enviada neste dia 30 de novembro, festa de Santo André, ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I.
Santo André é o padroeiro do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.
Em sua mensagem, o Pontífice destacou que todas as igrejas cristãs, junto com outras tradições religiosas, têm “o dever primordial de oferecer um exemplo de diálogo, respeito mútuo e cooperação prática”.
Nesse sentido, como é tradição, uma delegação vaticana viajou a Istambul para participar de uma solene Divina Liturgia presidida pelo Patriarca Ecumênico Bartolomeu I na Igreja Patriarcal de São Jorge al-Fanar.
A delegação da Santa Sé foi presidida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch; o secretário do Dicastério, Dom Brian Farrell; e o subsecretário Mons. Andrea Palmieri; e em Istambul, o Núncio Apostólico na Turquia, Dom Paul F. Russell, se juntou à delegação.
Ao concluir a Divina Liturgia, o Cardeal Koch entregou ao Patriarca Ecumênico a mensagem do Santo Padre, que foi lida publicamente.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Hoje Igreja celebra Santo André Apóstolo, a “ponte do Salvador” https://t.co/FdKh0UtD5K
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Imaculada Conceição: Papa Francisco não irá à Praça Espanha de Roma este ano
Vaticano, 30/11/2020 (ACI).- Devido à emergência sanitária provocada pela COVID-19, o Papa Francisco não irá, como costuma fazer todos os anos em 8 de dezembro, à Praça Espanha de Roma, onde se encontra o monumento à Imaculada Conceição.
“A decisão de não ir à Praça Espanha à tarde para o tradicional ato de veneração à Imaculada Conceição deve-se à persistente situação de emergência sanitária e para evitar o risco de contágio provocado por aglomerações”, informou, neste dia 30 de novembro, o diretor da Sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
No entanto, no dia 8 de dezembro, o Papa Francisco “fará um ato de devoção particular, confiando a Nossa Senhora a cidade de Roma, os seus habitantes e os muitos doentes em todas as partes do mundo”, acrescentou Bruni.
Desta forma, está previsto que na próxima festa da Imaculada Conceição, o Santo Padre só conduza a oração do Ângelus ao meio-dia (hora de Roma) da janela do Palácio Apostólico do Vaticano.
O monumento à Imaculada Conceição de Maria na Praça Espanha de Roma consiste em uma coluna de 12 metros de altura sobre a qual está uma imagem de bronze da Virgem feita pelo escultor Giuseppe Obici.
Segundo a tradição, este monumento foi inaugurado em 8 de dezembro de 1857 por 220 bombeiros. Por isso, todos os anos, um grupo de bombeiros (“vigili del fuoco”) coloca uma guirlanda de flores no braço da Virgem.
Além disso, os Pontífices costumam rezar diante desta estátua mariana todos os dias 8 de dezembro. Ocasião em que também participam autoridades civis e eclesiásticas, bem como cidadãos e turistas.
Celebrações de Natal
Anteriormente, o Vaticano informou que as celebrações litúrgicas do Natal presididas pelo Papa Francisco acontecerão sem a presença dos fiéis.
Esta comunicação foi enviada ao corpo diplomático perante a Santa Sé pela Secretaria de Protocolo, na qual indicou-se também que as cerimônias do Pontífice serão transmitidas ao vivo, como ocorreu na última Semana Santa e Páscoa.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa ao Patriarca Bartolomeu: Santo André é fonte de ânimo nestes tempos difíceis https://t.co/W5pqyw2GsI
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Praça de São Pedro no Vaticano recebe a árvore de Natal deste ano
Vaticano, 30/11/2020 (ACI).- A tradicional árvore de Natal natural que decora a Praça de São Pedro, no Vaticano, chegou na madrugada de 29 para 30 de novembro.
Neste ano, a árvore de Natal é um abeto de 28 metros de altura e 70 centímetros de diâmetro que vem da região de Kočevje, na Eslovênia.
A cerimônia de iluminação da árvore será no dia 11 de dezembro.
El árbol de Navidad llegó a la Plaza de San Pedro del Vaticano. #StayTuned Foto: Alberto Basile / @EWTNVatican pic.twitter.com/ilnZHUAZ14
— Mercedes De la Torre (@mercedesdelat) November 30, 2020
O presépio será composto por estátuas de cerâmica maiores que o tamanho natural que serão colocadas sobre uma plataforma luminosa de quase 125 metros quadrados, que circundará o obelisco central da Praça de São Pedro.
As decorações natalinas – árvore e presépio – ficarão visíveis na Praça de São Pedro de 11 de dezembro a 10 de janeiro de 2021, dia em que termina o tempo do Natal, com a festa do Batismo do Senhor.
Segundo informou o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, o tradicional espaço dedicado ao Natal na Praça de São Pedro "pretende ser um sinal de esperança e confiança para todo o mundo" e quer "expressar a certeza de que Jesus vem entre seu povo para salvá-lo e confortá-lo. Uma mensagem importante neste tempo difícil devido à emergência sanitária pela COVID-19 ”.
Em 2018, o Papa Francisco desejou que “o presépio e a árvore, símbolos fascinantes do Natal, possam levar às famílias um reflexo da luz e da ternura de Deus, para ajudar todos a viverem a festa do nascimento de Jesus”.
Sobre a árvore de Natal, com as suas luzes, o Santo Padre explicou, então, que “nos recorda que Jesus é a luz do mundo, é a luz da alma que expulsa as trevas das inimizades e abre espaço ao perdão”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
Confira também:
Natal de 2020: Assim serão o presépio e a árvore que enfeitarão a Praça de São Pedro https://t.co/t9xkxqgp3o
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Nova edição italiana do Missal: Uma oportunidade para redescobrir a liturgia eucarística
Roma, 30/11/2020 (ACI).- No domingo, 29 de novembro, entrou em vigor na Itália a nova edição do Missal Romano traduzido para o italiano. No entanto, seu uso nas Missas das dioceses italianas não será obrigatório até o próximo dia 4 de abril de 2021, Páscoa de Ressurreição.
O novo Missal apresenta uma série de modificações que buscam tornar o texto mais fiel ao texto original em latim.
São modificações que respondem à necessidade de dar ao texto italiano "maior fidelidade ao texto latino, para que o sentido original não seja alterado", segundo explicou Dom Claudio Maniago, presidente da Comissão da Conferência Episcopal Italiana para a Liturgia, à ACI Stampa, agência em italiano do Grupo ACI.
Dom Maniago destacou que “não se trata de um novo missal, nem, portanto, uma nova celebração Eucarística. Pelo contrário, é uma nova edição do Missal surgido da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II”.
Portanto, em geral, “a Missa permanece inalterada enquanto, entre as novidades mais relevantes, se encontra uma tradução mais fiel e melhorada e novos textos traduzidos, pensados e compostos na língua italiana”.
Também explica que "a maioria das mudanças foram feitas nos textos que o sacerdote pronuncia, ao mesmo tempo em que se colocou uma atenção especial para não modificar as respostas dos fiéis, exceto em alguns casos esporádicos, mas significativos”.
Em concreto, há duas mudanças importantes no Glória e no Pai-Nosso para conseguir uma tradução italiana mais fiel ao texto original.
Até agora, na versão italiana do Pai-Nosso se dizia: "non indurci in tentazione". A partir de agora será: "non abbandonarci alla tentazione".
Desta forma, “expressa-se melhor o rosto paternal de Deus, a quem nos dirigimos”, afirmou Dom Maniago.
A renovação do Missal não se refere apenas ao conteúdo, mas também ao design. Altera o tipo de fonte, o tipo de papel e as imagens que ilustram o texto, entre outros elementos.
Sobre a recepção do novo Missal entre os fiéis, para Dom Maniago “os fiéis acolherão esta nova edição do Missal com grande disponibilidade e responsabilidade porque, começando pelo sacerdote, há a consciência de que o Missal não é um livro como os outros, mas um texto que salvaguarda a obediência da Igreja ao Senhor, que pediu para celebrar em sua memória. É o texto que regulamenta todas as Missas para que sejam fiéis a esta tradição”.
O presidente da Comissão da Conferência Episcopal Italiana para a Liturgia explicou a importância do Missal na necessidade de sensibilizar os fiéis para a importância da liturgia na vida da fé.
“Muitas vezes”, lamentou, “os fiéis, a começar pelos sacerdotes, experimentam uma certa rejeição aos ritos, considerando-os vazios de significado e ricos apenas em aparência exterior. Se assim fosse, todos nós ficaríamos incomodados com essa hipocrisia como incomodou o Senhor”.
Pelo contrário, explicou, “um rito é uma expressão comunicativa muito útil para participar daquela experiência que a palavra em si mesma não pode transmitir. A liturgia é um conjunto de ritos que deve envolver a experiência salvífica da Páscoa, combina harmoniosamente diferentes formas de linguagem: palavras, cantos, gestos, silêncios, movimentos do corpo, cores...”.
“O rito não é apenas um conjunto de palavras que se diz, pelo contrário, tem por natureza uma variedade de registros de comunicação que permite olhar a implicação do conjunto da pessoa”.
Neste contexto, “o Missal se torna agora um instrumento indispensável porque não é um texto que contém apenas uma seleção de textos, mas é também o livro que indica gestos a serem realizados envolvendo vários ministros e toda a assembleia”.
“O Missal guia uma harmonia de gestos e palavras com os quais todos os fiéis da assembleia se envolvem na experiência de paz e misericórdia da Páscoa de Jesus”.
Também destacou o fato de que “a publicação desta nova edição do Missal italiano ocorra em um período muito particular de provação, não só para a nossa nação, mas também para o mundo inteiro. Um período em que fomos obrigados a repensar o que é essencial na nossa vida”.
“Também para a Igreja foi um período no qual, cessando ou reduzindo todas as atividades pastorais, paramos para considerar o que é fundamental, isto é, o que realmente conta para ser luz no mundo e sal da terra, como o Senhor queria”.
Por fim, ressaltou que se percebeu principalmente que “a celebração da Eucaristia é realmente o cume e fonte de toda a vida e missão das comunidades cristãs que são chamadas a viver e a transmitir a mensagem de esperança e de paz do Evangelho de geração em geração”.
Publicado originalmente em ACI Stampa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa oferece três elementos-chave para fazer o bem durante o Advento https://t.co/2tv453PepD
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Paquistão é um dos países onde os cristãos sofrem mais perseguições, revela relatório
LAHORE, 30/11/2020 (ACI).- Relatório revela que o Paquistão é um dos quatro países do mundo onde os cristãos, que são minoria e os mais pobres do país, sofrem mais perseguições por causa de sua fé e são vítimas de abusos por parte de fundamentalistas islâmicos, em cumplicidade com agentes governamentais.
No recente relatório "Libertem os prisioneiros" da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), informa-se o que os casos mais frequentes de abusos contra cristãos no Paquistão são prisões injustas e prisões por falsas acusações de blasfêmia e sequestros de meninas e mulheres jovens por muçulmanos, que as vendem e/ou as forçam a se casar e renunciar à sua fé.
"De acordo com relatórios de 2018, apenas na província de Sindh, ocorreram cerca de mil casos de conversão forçada de moças cristãs e hindus”, disse o relatório. Em 2019, “a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão relatou que as meninas são sequestradas, forçadas a converterem-se ao Islão e dadas em casamento a homens muçulmanos”.
Do mesmo modo, revelaram que há evidências de que, "por causa de sua pobreza e vulnerabilidade", "as jovens mulheres cristãs, muitas delas menores, foram alvo específico de chineses traficantes de pessoas”.
De acordo com o Movimento Muçulmano pela Paz e Solidariedade, a cada ano há mais de mil casos de mulheres entre 12 e 25 anos de confissão cristã e hindu que são sequestradas por homens muçulmanos. Mais de 70% dos casos são meninas cristãs e muitas são estupradas, forçadas à prostituição, tráfico de pessoas e serviços domésticos.
“É provável que o número seja muito maior, já que vários casos nunca são informados ou não avançam na aplicação da lei e nos sistemas jurídicos”, indica segundo o relatório.
O relatório da ACN assinalou que embora algumas famílias "consigam libertar suas meninas por meio dos tribunais", estes costumam "favorecer o sequestrador, especialmente nos casos em que a idade exata da menina é questionada".
Explicam que os juízes são acusados de conceder “mais credibilidade e importância” às evidências que comprovam as supostas conversões ao Islã, ao invés da “aplicação da lei que proíbe o casamento com menor”.
No caso das prisões injustas, o relatório explica que os cristãos no Paquistão são mantidos na prisão “sob denúncias falsas ou duvidosas” que são o resultado de injustiças que “envolvem tanto o estado, a polícia, os juízes e atores não estatais, como grupos ou pessoas hostis às comunidades religiosas minoritárias”.
Explicam que o Estado faz “uso institucional indevido das leis de blasfêmia”, resultando em um “número desproporcional de cristãos acusados de crimes”, apesar do fato de que as provas contra eles costumam ser “fracas”.
As "leis de blasfêmia", incorporadas em 1986 ao Código Penal do Paquistão (artigos 295 B, 295 C, 298 A, 298 B, 298 C), limitam severamente a liberdade de religião e de expressão. A profanação do Alcorão e o insultar Maomé são crimes puníveis com prisão perpétua e pena de morte, respectivamente. Na vida cotidiana, essas leis são frequentemente usadas como meio de perseguir as minorias religiosas.
“Nos 30 anos desde que as leis foram modificadas para se tornarem o que são hoje, a Comissão Católica Nacional de Justiça e Paz, uma organização no Paquistão apoiada pela ACN, registrou 1.560 vítimas de acusações de blasfêmia”, afirma o relatório.
Quando se analisa quantos dos prisioneiros são acusados de blasfêmia, observa-se uma grande desproporção contra as minorias, se for considerado o número de pessoas cristãs e muçulmanas no Paquistão.
Embora 95% da população seja muçulmana, apenas 50% dos casos de blasfêmia (777 indivíduos) são acusados de blasfêmia. Enquanto "as minorias, especialmente os Ahmadis", constituem o resto dos detidos. Os cristãos representam menos de 1,5% da população, mas 15% dos casos de prisioneiros, que são 232 pessoas, são cristãos.
O relatório indica que "o preconceito contra os cristãos nos tribunais é parte da pressão social na qual os muçulmanos linha-dura fazem a lei com as próprias mãos". A este respeito, mencionam "saques de casas e edifícios" que "não raramente" fazem com que os cristãos acusados de blasfêmia se escondam por medo.
Durante a pandemia, os casos de “prisões injustas” de cristãos aumentaram e os processos judiciais de prisioneiros cristãos também foram prejudicados. Isso porque, após as medidas de distanciamento social obrigatórias para evitar a disseminação da COVID-19, os tribunais de justiça fecharam parcial ou totalmente.
Em 15 de junho de 2020, o Secretário da Suprema Corte de Lahore (Paquistão) ordenou que “em vista da situação de pandemia prevalecente”, os tribunais distritais e as sessões em Punjab tirassem “dois meses de licença”, que junto com as férias de verão somaram quatro meses de interrupção da “atividade judicial em toda a província”.
Khalil Tahir Sandhu, membro do parlamento de Punjab e principal defensor dos cristãos, disse que “a decisão foi um 'retrocesso' na busca de justiça para aqueles que representa. Isso inclui muitos cristãos presos por blasfêmia e famílias de meninas e mulheres cristãs que foram sequestradas e obrigadas a casamentos forçados e a se converter ao Islã.
A fundação pontifícia denunciou que "por muito tempo o ódio religioso foi minimizado na contabilização do fenômeno das prisões injustas" e advertiu que "a menos que seja devidamente reconhecido, todas essas minorias religiosas estão em risco, e outras também".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Terroristas muçulmanos massacram 4 cristãos na Indonésia https://t.co/FejlC7Ix1z
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Boko Haram assassina mais de 110 civis na Nigéria
Abuja, 30/11/2020 (ACI).- As Nações Unidas confirmaram a morte de pelo menos 110 civis no último sábado, 28 de novembro, em um ataque perpetrado pelo grupo terrorista jihadista Boko Haram em uma cidade no nordeste da Nigéria.
Segundo diversas fontes, o atentado ocorreu na região de Zabarmari, no estado de Borno, próximo à cidade de Maidiguri.
Vários homens em motocicletas entraram na cidade e começara um "ataque brutal contra homens e mulheres" que trabalhavam nos campos de arroz.
Até o momento, o número exato de mortes é desconhecido, pois ainda existem muitos desaparecidos.
O coordenador humanitário das Nações Unidas na Nigéria, Edward Kallon, relatou que um número indeterminado de pessoas ficaram feridas e que várias mulheres da aldeia poderiam ter sido sequestradas.
De acordo com vários relatos da mídia, Kallon pediu "sua libertação imediata e seu retorno a um lugar seguro".
Além disso, afirmou que este atentado foi o mais violento deste ano perpetrado contra civis inocentes. Também expressou a suas condolências “às comunidades da região, chocadas com a brutalidade de ontem (sábado), enquanto temem pela sua segurança”.
O coordenador humanitário da ONU também afirmou ter se sentido "indignado e horrorizado com este ataque monstruoso", uma vez que as vítimas "foram crivadas de tiros, embora fontes locais também tenham garantido que foram degoladas ou decapitadas".
O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, expressou sua condenação aos ataques e assegurou que "toda a nação foi ferida por esses assassinatos sem sentido".
O governador do estado de Borno (Nigéria), onde ocorreu o atentado, garantiu ao jornal nigeriano Premium Times que os cidadãos dessa região correm um risco gravíssimo, pois “se ficarem em casa morrerão de fome e se saírem para cultivar os insurgentes os matam”.
Há quem diga que o atentado se deveu à detenção, na sexta-feira passada, de um suposto membro do Boko Haram em uma região próxima. Outros asseguram que ocorreram durante as eleições que estavam sendo realizadas e que houve atraso no estado de Borno devido ao aumento dos ataques na área.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
Confira também:
178 cristãos foram assassinados em 7 meses em um único estado da Nigéria https://t.co/KuMhjqud2J
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Pedem orações por querido sacerdote influencer com câncer terminal
Lima, 30/11/2020 (ACI).- Os fiéis e sacerdotes da paróquia Santa Maria de Huachipa, no Peru, pediram orações pelo Pe. Emmanuelle Cueto Ramos, sacerdote influencer que completará 31 anos na terça-feira, 1º de dezembro, e que foi diagnosticado com câncer terminal, que causou a perda da visão e um prognóstico de sete a oito meses de vida.
Pe. Emmanuelle, integrante dos Apóstolos da Palavra e criador da página do Facebook Memes Católicos Recargado Mex, que tem mais de 150 mil seguidores, chegou do México ao Peru em novembro de 2019, conforme lembra em comunicado o Pe. Teófilo Pérez Julca, que serve na paróquia Santa Maria de Huachipa, na Diocese de Chosica.
No texto de 17 de novembro, o sacerdote explica que o Pe. Cueto, que também tem uma conta no Tiktok com cerca de 280 mil seguidores, foi diagnosticado em fevereiro com um tumor no olho direito, para o qual teve de ser tratado no Instituto Nacional de Doenças Neoplásicas (INEN) em Lima.
Em seguida, esteve internado por dois meses no Hospital Arcebispo Loayza, onde foi submetido a duas grandes cirurgias e uma menor. Devido à agressividade do tumor, Pe. Emmanuelle perdeu a visão dos dois olhos: em março do direito e em setembro do esquerdo.
“Pe. Emmanuelle aceitou como um dom de Deus esta doença que no início, com os diversos exames, foi considerado um tumor benigno, no entanto, depois mudou para tumor maligno e câncer de grau 3”, explica Pe. Teófilo Pérez.
“Pe. Emmanuelle chegou ao Peru sem nenhuma suspeita de tumor. Ele viveu e experimentou um processo doloroso como associado à paixão de Cristo. Sua família carnal e espiritual e aqueles de nós que conhecemos o padre percebemos a proximidade e a presença de Deus em sua vida. Admiramos a força do Padre Emmanuelle e como foi assumindo e aceitando a via-sacra que Deus lhe permitiu experimentar dia a dia”, continua.
O câncer se espalhou e não pode mais ser operado porque atingiu um local muito difícil na cabeça.
“Os milagres existem. Deus sabe a quem, por que e para quê os concede. Depois de receber alta e de fazer alguns exames, escutei pela primeira vez: ‘deem qualidade de vida ao Padre Emmanuelle’. Quando informamos alguns médicos sobre a evolução do padre, escutei: ‘Assim começa o final’. ‘Deem a ele qualidade de vida’. Na INEN: ‘é delicado e não podemos fazer mais, devido à área do tumor. Vamos dar-lhe radiação paliativa, não curativa'”, continua o Pe. Teófilo.
O sacerdote afirma ainda que “foram dias de perguntas: Qual é o plano de Deus? O que Deus quer do Pe. Emmanuelle? Não é fácil entender os planos de Deus. É por isso que dizemos 'Senhor, não entendemos os teus planos e a tua vontade, mas dá-nos a força e a sabedoria para aceitar a tua vontade, mesmo que não a compreendamos e não estejamos de acordo'”.
Depois de agradecer a todos os que ajudaram nesta situação e a Dom Norberto Strottman, Bispo de Chosica, o sacerdote encorajou a continuar “rezando pelo Pe. Emmanuelle e pelas pessoas que o apoiam. Que seja feita a vontade de Deus”.
Do mesmo modo, circula nas redes um pedido de orações a Deus pelo Pe. Emmanuelle, “um defensor da liturgia”, “um sacerdote com câncer e sem cura, que nos oferece esperança e testemunho” e que “tem consciência de que o sofrimento é o caminho mais curto para chegar ao Céu”.
Em seus últimos tweets publicados em julho, Pe. Emmanuelle Cueto escreveu que “para quem quer ser santo, o sofrimento não é opcional, mas um pressuposto essencial, é uma oportunidade para se santificar e se salvar. E a morte, vista com o olhar cristão, é esperada; mas quando a morte é vista com o olhar humano, ela é temida”.
"Quer ser bom?... Quer ser santo? Então: Prepare-se para a provação”, escreveu também.
Em entrevista recente, Pe. Cueto disse que em 2013, ao entrar no Facebook, viu que a rede social eliminou temporariamente a página Memes Católicos, criada e gerida por Yhonatan Luque Reyes, com quem estabeleceu uma boa amizade. Isso levou o sacerdote a criar algo semelhante: Memes Católicos Recargado Mex.
Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Yhonatan Luque disse que começou a seguir o apostolado do Pe. Emmanuelle devido ao seu conteúdo apologético, ao ser parte da Família dos Apóstolos da Palavra fundada pelo Pe. Flaviano Amatulli Valente, “que sempre destacou na necessidade de defender a fé”.
O Padre Amatulli, falecido em 2018, fundou os Apóstolos da Palavra no México. Também publicou dezenas de livros e panfletos em defesa da fé e da Igreja contra o crescente número de seitas.
“Acho que sua principal característica é a capacidade de evangelizar com entusiasmo e um grande senso de humor, mas sem relativizar a fé. Também o seu profundo amor pela Santa Missa, que continua celebrando mesmo agora que perdeu a visão”, acrescentou Luque sobre o Pe. Emmanuelle.
Por fim, o criador de Memes Católicos disse que o jovem sacerdote “é um exemplo para todos aqueles que querem evangelizar na Internet. Em todas as redes sociais em que se aventurou, tem conseguido deixar a sua marca, também na conta TikTok que abriu este ano e na qual já tem vídeos com milhões de visualizações”.
Emmanuelle Cueto Ramos nasceu na Cidade do México em 1º de dezembro de 1989. É filho de Roberto Cueto López e Alba Rosa Morales e cresceu na cidade de Acapulco.
Embora tenha sido coroinha desde muito jovem, começou a beber e experimentar drogas aos 11 anos. Fazia parte de uma gangue e era grafiteiro. No entanto, um retiro que frequentou pensando que a garota de quem gostava também iria, mudou sua vida.
Entrou para os Apóstolos da Palavra em 15 de abril de 2002. Em 2003 ingressou no departamento de Voluntariado Missionário. Em 2004 foi enviado para cumprir sua etapa de promessa em Xoxocotla, no estado de Morelos; e em junho do mesmo ano ingressou no Seminário Menor dos Apóstolos da Palavra, em Acayucan, estado de Veracruz.
Em 2008 foi enviado para Chilapa, estado de Guerrero, onde foi coordenador diocesano dos Apóstolos da Palavra da Diocese de Chilpancingo-Chilapa enquanto fazia o curso introdutório ou propedêutico.
Entre 2009 e 2011 estudou na Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade do México até 2011. Em junho desse ano foi enviado para fazer o noviciado como coordenador nacional dos Apóstolos da Palavra de El Salvador.
Em agosto de 2012, voltou ao México para estudar teologia na Universidade Lumen Gentium (Instituto Superior de Estudos Eclesiásticos). Entre 2015 e 2016 atuou na Guatemala.
Foi ordenado diácono em 3 de setembro de 2016 na Diocese de San Andrés Tuxtla. Foi ordenado sacerdote em 14 de abril de 2018 em Acapulco. Antes de viajar ao Peru, foi vice-reitor e prefeito de estudos do Curso Introdutório na Cidade do México.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) November 23, 2020